No último final de semana, dois brasileiros foram resgatados no leste asiático por uma Organização Não-Governamental (ONG) após serem vítimas de tráfico humano. entre eles está o paulista Luckas Kim, que foi levado a Mianmar sob falsas promessas de emprego e deverá retornar ao Brasil em um prazo estimado entre 10 e 15 dias, conforme informou sua mãe, Cleide Viana. O outro resgatado é o paulista Phelipe de Moura Ferreira.
Resgate e repatriação dos brasileiros
Luckas Kim vivia em Bangkok, na Tailândia, quando foi enganado e levado para Mianmar. Após ser mantido em condições precárias – sendo explorado, torturado e forçado a cometer crimes contra sua vontade – ele conseguiu entrar em contato com a mãe por telefone no dia 27 de outubro. Desde então, Cleide passou a buscar ajuda junto à Embaixada do Brasil em Mianmar, ao Itamaraty e até enviou uma carta ao presidente Lula para tentar garantir o retorno seguro do filho.
Em dezembro, Luckas ligou novamente informando que seus capturadores exigiam US$ 20 mil (aproximadamente R$ 122 mil) para liberá-lo. Para arrecadar esse valor foram criadas campanhas online que também ajudaram nos custos com passagens aéreas,apoio jurídico e traduções.O Ministério das Relações Exteriores confirmou estar acompanhando o caso desde outubro do ano passado.Por meio das Embaixadas brasileiras em Yangon (Mianmar) e Bangkok (Tailândia), as autoridades locais vêm sendo pressionadas para garantir a liberação dos dois cidadãos brasileiros.
A atuação do Itamaraty
Em nota oficial divulgada no dia 11 de fevereiro, o Itamaraty expressou satisfação pela libertação dos dois brasileiros na fronteira entre Mianmar e Tailândia. O órgão ressaltou que tem mantido contato constante com as famílias envolvidas durante todo o processo.
Além disso, destacou-se que as negociações são delicadas devido à situação perigosa da região onde os jovens estavam retidos. A Embaixadora Maria Laura da Rocha reforçou durante reunião bilateral realizada em Brasília a importância da continuidade dos esforços diplomáticos para localizar e resgatar os nacionais.
Por questões legais relacionadas à privacidade dos envolvidos, não foram divulgados detalhes específicos sobre os casos individuais além das informações já públicas pelas famílias.
Desafios enfrentados pela família
cleide Viana relatou dificuldades na comunicação após o primeiro contato telefônico com seu filho no final de outubro.sem notícias por semanas ela intensificou suas tentativas enviando mensagens às autoridades brasileiras responsáveis pelo atendimento consular na Ásia.
A preocupação aumentava diante das ameaças feitas pelos criminosos responsáveis pelo tráfico humano envolvendo seu filho Lucas – nome usado informalmente pela família – exigindo valores altos para sua libertação imediata.
documentação necessária para repatriação
Segundo Cleide Viana informou ao portal Notícias do Amazonas via entrevista exclusiva ao Metrópoles , Luckas deve retornar ao país assim que forem liberados documentos essenciais como passaporte válido e bilhetes aéreos adequados à viagem internacional segura dentro do prazo previsto entre dez a quinze dias após essa regularização documental ser concluída pelo governo brasileiro.
Conclusão
O caso evidencia os riscos enfrentados por brasileiros vítimas de tráfico humano fora do país bem como os esforços diplomáticos necessários para garantir sua proteção e retorno seguro ao Brasil. A colaboração entre familiares, ONGs locais e órgãos governamentais é fundamental nesse processo complexo marcado por desafios jurídicos e humanitários.Acompanhe as atualizações da matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do Amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!