cinco policiais militares começaram a ser julgados nesta segunda-feira (29) em Manaus,no Fórum Ministro Enoch Reis,acusados de envolvimento no homicídio da policial militar Deusiane da Silva Pinheiro. O julgamento teve início às 9h30 e ocorre quase dez anos após o crime que abalou a capital amazonense. Deusiane foi morta com um tiro em 1º de abril de 2015,dentro da base flutuante do Batalhão ambiental da Polícia Militar,localizada no bairro Tarumã,Zona Oeste.
Julgamento dos policiais Militares
O processo envolve cinco policiais: o cabo Elson dos Santos Brito, apontado como autor do disparo que matou Deusiane, e os policiais Jairo Oliveira Gomes, Cosme Moura Souza, Narcízio Guimarães Neto e Júlio Henrique da Silva Gama. Estes últimos são acusados de falso testemunho e tentativa de encobrir o crime. A defesa sustenta que a morte teria sido suicídio; entretanto, segundo a assistente de acusação, existem evidências claras que indicam manipulação dos fatos.
Acusações contra os Policiais
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) denunciou formalmente os cinco militares em 26 de julho de 2017 pelo assassinato da soldada. Conforme consta na denúncia oficial, Elson teria matado Deusiane e trocado o ferrolho original da arma dela pelo ferrolho de outra pistola para simular um suicídio.
Provas Periciais
A perícia técnica confirmou que houve troca do ferrolho entre as armas – sendo este componente onde foi encontrada maior concentração do sangue da vítima – com participação conivente dos demais envolvidos. No momento do crime na embarcação ‘Peixe-Boi’, Elson e Deusiane estavam no piso superior enquanto os outros quatro PMs permaneciam no piso inferior e corroboraram a versão falsa apresentada à polícia.
Contexto do Relacionamento entre as Vítimas
Testemunhas relataram uma relação marcada por conflitos intensos devido ao ciúme excessivo por parte de Elson. O quadro piorou quando ele retomou contato com sua ex-companheira enquanto mantinha pressões sobre Deusiane para resolver essa situação conflituosa. A tensão culminou tragicamente com o assassinato da policial militar.
Impactos na Comunidade Local
O caso causou grande repercussão em Manaus pela gravidade das acusações envolvendo agentes públicos responsáveis pela segurança pública local. A demora para o julgamento gerou manifestações cobrando justiça pelos dez anos desde o ocorrido.
Denúncia Formalizada pelo MP-AM
A denúncia feita pelo Ministério Público detalha como ocorreu a manipulação das provas para tentar mascarar um homicídio como suicídio dentro das dependências oficiais do Batalhão Ambiental. Essa ação criminosa comprometeu não apenas a investigação inicial mas também abalou profundamente a confiança nas instituições policiais locais.
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