segunda-feira, setembro 29, 2025
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Corpo de Juliana Marins, vítima de acidente em vulcão, retorna ao Brasil

O corpo de Juliana Marins, jovem brasileira que faleceu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, chegou ao Brasil na tarde desta terça-feira (1º). O avião da Emirates Airlines pousou por volta das 17h no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A repatriação foi realizada sob a supervisão da Polícia Federal e envolveu a mobilização da família, autoridades e órgãos públicos.

Nova autópsia será realizada no Brasil

A defensoria Pública da União (DPU) informou que uma nova autópsia será feita em território brasileiro. O procedimento está previsto para ocorrer em até seis horas após a chegada do corpo, com o objetivo de preservar possíveis evidências importantes para o caso. A família contesta o laudo inicial emitido na Indonésia, que indicou acidente como causa da morte.O principal questionamento gira em torno do tempo que Juliana teria sobrevivido após a queda.

Questionamentos sobre o laudo indonésio

O atestado de óbito emitido pela Embaixada do brasil em Jacarta baseia-se no relatório feito na Indonésia, mas não esclarece exatamente quando ocorreu o falecimento. Imagens captadas por drones sugerem que Juliana poderia ter vivido por mais tempo e aguardado resgate durante alguns dias – hipótese não confirmada pela necropsia local.

Se a nova perícia apontar indícios de omissão ou negligência no socorro à jovem,as autoridades brasileiras poderão abrir investigações civis ou criminais para apurar responsabilidades.

Acidente durante trilha no vulcão Rinjani

Juliana caiu enquanto fazia uma trilha pelo vulcão ativo Rinjani, situado na ilha de Lombok. O acidente aconteceu em 20 de junho.Durante sua viagem pela Ásia, ela compartilhava suas experiências nas redes sociais com frequência.

Apoio governamental e familiar

O governo federal acompanha atentamente o caso desde então. O presidente luiz Inácio Lula da Silva determinou prioridade nas investigações relacionadas ao ocorrido. Além disso, a Prefeitura de Niterói – cidade natal da jovem – custeou as despesas referentes ao translado do corpo para o Brasil.

Detalhes sobre a primeira autópsia feita na Indonésia

A primeira necropsia foi realizada em 26 de junho num hospital localizado na ilha de Bali depois que o corpo foi retirado do Parque Nacional Monte Rinjani. Segundo ida Bagus Putu Alit, legista responsável pelo exame inicial:

  • Juliana morreu em menos de 20 minutos;
  • Causas apontadas foram múltiplas fraturas e lesões internas extensas;
  • Hipotermia foi descartada como fator contribuinte;

Ele afirmou ainda que “os sinais indicam morte quase imediata devido às graves lesões espalhadas pelo corpo”.

Críticas familiares à divulgação do laudo

Mariana Marins, irmã da vítima, manifestou insatisfação com a forma como as informações foram divulgadas: “Minha família foi chamada para receber oficialmente o laudo no hospital; porém antes disso houve uma coletiva à imprensa conduzida pelo médico responsável”, declarou Mariana classificando tal atitude como inapropriada.

A expectativa dos familiares é que essa nova perícia traga maior clareza sobre quanto tempo Juliana teria sobrevivido após sofrer os ferimentos e se houve falhas ou negligências durante as tentativas iniciais de resgate.


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