Segundo o IPC, há evidências crescentes de que a julho/” title=”Notícias do Amazonas – ONU revela 63 mortes por … em Gaza em …”>fome generalizada, a desnutrição e a disseminação de doenças estão provocando um aumento significativo no número de mortes na Faixa de Gaza. Um novo relatório da classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC), grupo especializado apoiado pelas Nações Unidas, divulgado nesta terça-feira (29), alerta que o pior cenário possível relacionado à fome está se concretizando no território palestino. A crise alimentar é resultado das severas restrições impostas por Israel à entrada de ajuda humanitária, somadas aos intensos combates com o Hamas.
Crise alimentar em Gaza: contexto e impacto
O documento destaca que quase toda a população da Faixa de Gaza – estimada em 2,3 milhões antes do conflito – está à beira da catástrofe alimentar. Autoridades locais controladas pelo Hamas informaram que mais de 60 mil pessoas já morreram no conflito, sendo a maioria civis. O IPC reconhece oficialmente pela primeira vez que há fome em curso na região.
Israel nega ter limitado os envios humanitários e atribui a escassez dos alimentos a falhas na distribuição das Nações Unidas e ao desvio dos suprimentos pelo Hamas.
Indicadores críticos para declaração oficial da fome
Embora Gaza ainda não tenha sido formalmente classificada como “em situação de fome”, dois dos três critérios técnicos necessários para essa definição já foram ultrapassados:
- Pelo menos 20% da população enfrenta escassez extrema de alimentos;
- Uma em cada três crianças sofre desnutrição aguda;
- Duas pessoas em cada 10 mil morrem diariamente por causas relacionadas à fome (critério ainda sob análise).
De acordo com o relatório, grande parte dos moradores passa dias sem comer adequadamente. A desnutrição infantil avançou rapidamente especialmente na Cidade de Gaza durante julho. Hospitais relataram um aumento acelerado nas mortes por fome entre crianças menores de cinco anos – foram registrados pelo menos 16 óbitos desde meados do mês.
Entre abril e julho, mais de 20 mil crianças foram hospitalizadas com desnutrição aguda; cerca de 3 mil estavam em estado grave. O Programa Mundial do Alimentos (PMA) e o Unicef alertam para o crescimento constante dessas mortes relacionadas à falta nutricional.
Barreiras para ajuda humanitária
O relatório detalha as restrições rigorosas impostas por Israel ao ingresso mensal necessário para atender às necessidades básicas alimentares da população local: cerca de 62 mil toneladas são requeridas mensalmente, mas os volumes entregues têm sido insuficientes.
Dados israelenses indicam que nenhum carregamento entrou nos meses março e abril; maio registrou apenas 19,9 mil toneladas entregues; junho teve um aumento para 37,8 mil toneladas – ainda abaixo do necessário.
ross smith, diretor emergencial do PMA, comparou essa situação às grandes catástrofes históricas como as ocorridas na Etiópia e Biafra neste século: “Precisamos agir com urgência agora.”
consequências diretas sobre saúde pública
Segundo dados das Nações Unidas referentes a 2025 até julho deste ano:
- Foram registradas 74 mortes ligadas à desnutrição, incluindo:
– 24 crianças menores
– Uma criança mais velha
– 38 adultos
A maioria chegou aos hospitais já em estado grave ou faleceu pouco depois apresentando sinais claros do agravamento pela falta prolongada dos nutrientes essenciais.
Conclusão
O sofrimento crescente causado pela crise alimentar exige respostas imediatas sem esperar confirmação formal da situação crítica. Como ressaltou Cindy McCain, diretora executiva do PMA: liberar ajuda vital diante desse cenário é urgente e imprescindível para salvar vidas.
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