Oito pessoas de uma mesma família,incluindo um bebê de oito meses,foram mantidas em cárcere privado por “piratas dos rios” na última segunda-feira (13),nas proximidades da Ilha da Botija,em Coari. O grupo criminoso buscava uma suposta carga de drogas e atacou a embarcação pesqueira com violência.A ação reforça os graves problemas enfrentados pela população ribeirinha do Amazonas, onde o amazonas/” title=”Wilson Lima lança Base Fluvial Arpão 3 … intensificar a segurança nas águas do …”>narcotráfico e o garimpo ilegal comandam muitos desses crimes. Para as autoridades de Segurança Pública,o desafio é desarticular essas organizações que movimentam milhões anualmente e garantir a proteção da região.
Ataques dos piratas nos rios do Amazonas
A criminalidade nos extensos rios do Amazonas aproveita-se das condições locais para intimidar moradores e trabalhadores fluviais, agindo muitas vezes acima da lei.Entre os casos mais emblemáticos está o assassinato do indigenista bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips em 2022, ocorrido em Atalaia do Norte. Ambos atuavam na defesa dos direitos indígenas e na proteção ambiental mesmo sob ameaças constantes.
Incidência dos ataques
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), entre 2020 e 2022 foram registradas cerca de 128 ocorrências envolvendo ataques por piratas no trecho entre Tefé e Coari no Rio Solimões. Esses crimes incluem abordagens violentas a embarcações que transportam passageiros ou cargas.
Relatos sobre insegurança
Profissionais que atuam no transporte fluvial relatam preocupação constante com esses ataques. Romulo França, funcionário da empresa DF Navegação, afirmou nunca ter presenciado um ataque pessoalmente mas reconhece os riscos existentes principalmente próximos a Coari. Já o pescador Evandro Maia comentou que há pouco mais de um ano a situação era crítica na região próxima à capital Manaus devido à ação desses grupos armados.
Impactos agravados pela seca histórica
Nos últimos dois anos, além das ameaças constantes dos piratas fluviais, uma seca severa afetou significativamente as condições para navegação no Amazonas. durante esse período crítico muitos criminosos aproveitaram momentos em que embarcações precisavam atracar durante a noite para realizar assaltos contra tripulantes e passageiros.
Vulnerabilidade das embarcações
Segundo Galdino Alencar Junior, presidente do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial (Sindarma), as balsas se tornaram alvos fáceis durante esses períodos noturnos paralisadas pela estiagem prolongada.Ele alerta ainda para possíveis explosões como forma extrema usada pelos piratas diante da retaliação policial.
Prejuízos financeiros ao Estado
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) estima que entre 2020 e 2023 as atividades ilegais relacionadas ao transporte fluvial causaram prejuízos superiores a R$ 100 milhões ao setor no Amazonas.
Medidas governamentais para reforço na segurança pública
Em resposta à escalada da violência nos rios Solimões especialmente em Coari, a Justiça determinou recentemente medidas urgentes ao Governo Estadual visando conter os ataques dos piratas fluviais.
Reforço operacional nas forças policiais
Entre as ações previstas estão: aumento imediato do efetivo policial local com mais 40 militares; disponibilização mínima de duas lanchas rápidas blindadas equipadas com motores potentes; fornecimento regular mensalizado de combustível para viaturas terrestres e aquáticas; além da entrega de armamentos não letais adequados à preservação da ordem pública regional.
Bases estratégicas contra o crime organizado
As operações são conduzidas pelas polícias Militar e civil apoiadas por bases fixas como Arpão 1 e arpão 2 instaladas em pontos estratégicos como Coari, Barcelos and Santo Antônio do Içá – locais onde ocorrem patrulhamentos intensificados utilizando lanchas blindadas armadas com equipamentos modernos capazes combater diretamente organizações criminosas envolvidas no narcotráfico ilegalmente operando nos rios amazônicos.
De acordo com informações oficiais recentes divulgadas pela SSP-AM , somente nos últimos quatro anos foram apreendidos entorpecentes avaliados acima R$ 2 bilhões , além milhares armas diversas munições . Foram contabilizadas também mais três mil prisões relacionadas às operações contra essas quadrilhas .
Além disso , houve convocação emergencial pelo governo estadual para incorporar aos quadros policiais estaduais cerca mil setecentos aprovados concursos públicos realizados após onze anos sem certames .
Conclusão
A persistente ameaça representada pelos “piratas dos rios” evidencia desafios complexos enfrentados pelo Estado na garantia segurança pública nas regiões ribeirinhas . O fortalecimento das ações integradas entre órgãos policiais , aliado aos investimentos contínuos promovidos pelo Governo Estadual são fundamentais para proteger vidas , preservar direitos indígenas ambientais bem como assegurar tranquilidade aos trabalhadores fluviais .
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