sábado, setembro 27, 2025
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Ministro do Turismo, Celso Sabino, deixa cargo após pressão do União Brasil

O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou nesta sexta-feira (26) que deixará o cargo no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar de ter expressado o desejo de continuar à frente da pasta, Sabino decidiu ceder à pressão do partido União Brasil, ao qual é filiado. A saída oficial ocorrerá após sua participação na agenda da COP30, evento que será realizado em Belém (PA).

Pressão do União Brasil e permanência temporária

O União Brasil estabeleceu um prazo de 24 horas para que seus filiados deixassem cargos no governo federal sob risco de sofrerem punições por “infidelidade partidária“. Embora esse prazo tenha expirado na sexta-feira anterior (19), Celso Sabino permaneceu no ministério além da data limite.

Segundo o próprio ministro, ele permanecerá no cargo até a próxima quinta-feira (2), atendendo a um pedido direto do presidente Lula. Nesta data, Sabino participará da entrega das obras relacionadas à COP30 em Belém.

“O presidente pediu que eu o acompanhasse nessa missão na próxima quinta-feira e assim nós vamos estar […] Vou como ministro ainda”, afirmou.

Papel estratégico na organização da COP30

Natural do Pará, Celso Sabino desempenha papel essential na preparação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – a COP30 – prevista para novembro deste ano. Ele está à frente das negociações com a rede hoteleira e cuida dos aspectos logísticos essenciais para o sucesso do evento considerado estratégico pelo governo federal.

A saída antecipada do ministério pode afetar diretamente os planos eleitorais de Sabino, que pretende disputar uma vaga ao Senado pelo Pará nas eleições de 2026.

Negociações internas e futuro político

Sabino comunicou ao presidente Lula sua intenção de deixar a pasta ainda na semana passada. O chefe do Executivo solicitou mais tempo para tentar negociar com a direção nacional do União Brasil uma solução alternativa.

Uma proposta discutida seria a licença temporária dele junto ao partido até abril de 2026 – prazo final para desincompatibilização eleitoral – permitindo sua permanência no ministério até essa data e posterior retorno com apoio governista para as eleições.

“Eu vou seguir conversando com a liderança do meu partido, apresentando todas as razões que eu expliquei aqui para vocês e nós vamos continuar o diálogo”, declarou Sabino após entregar sua carta de demissão.

Crise interna entre União brasil e Governo Federal

A tensão entre o União Brasil e o governo se intensificou nos últimos dias após Antonio Rueda assumir presidência nacional da legenda. Ele exigiu desligamento imediato dos filiados ocupantes de cargos executivos federais como forma de reafirmar disciplina partidária.

Esse clima ficou ainda mais delicado depois que Rueda teve seu nome envolvido em investigação conduzida pela Polícia Federal sobre suposta infiltração criminosa em setores estratégicos como combustíveis e finanças.O dirigente acusa vazamentos intencionais por parte do Planalto visando desgastar politicamente seu comando dentro da sigla.


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