Cerca de 1,7 mil pessoas morreram após um terremoto de magnitude 7,7 atingir Mianmar na sexta-feira (28). A informação foi divulgada pela junta governante no domingo (30). Além dos mortos, aproximadamente 3,4 mil ficaram feridas e cerca de 300 continuam desaparecidas.O tremor também provocou danos significativos na Tailândia. A região mais afetada em Mianmar foi Mandalay,a segunda maior cidade do país.
Impactos do terremoto em Mianmar
O epicentro do terremoto ocorreu próximo à cidade de Sagaing por volta das 6h20 GMT (3h20 no horário de Brasília) e foi seguido por um tremor secundário minutos depois. Os abalos causaram destruição generalizada com o desabamento de casas, prédios, pontes e templos. Em Mandalay, estima-se que mais de 90 pessoas estejam presas nos escombros de um prédio residencial com 12 andares.
Situação em Mandalay
Quase trinta horas após o desastre, uma mulher chamada Phyu Lay Khaing foi resgatada viva dos escombros e levada ao hospital acompanhada pelo marido. Na mesma cidade, um templo budista centenário desabou completamente durante o tremor. Um monge morreu e outras pessoas ficaram feridas; todas foram retiradas dos escombros para atendimento médico.
Um soldado que estava próximo ao local relatou que ninguém se sente seguro para dormir dentro do monastério devido ao risco iminente de novos tremores – algo inédito para ele até então.
Apelo por ajuda internacional
diante da gravidade da situação e das dificuldades nas comunicações locais que dificultam a avaliação completa dos danos e vítimas – cujo número pode aumentar – o líder da junta militar Min Aung Hlaing fez um raro pedido público por auxílio externo. Ele solicitou apoio a “qualquer país ou organização” disposta a ajudar.
As autoridades declararam estado de emergência nas seis regiões mais atingidas pelo terremoto. Em Naypyidaw, capital do país, centenas de feridos receberam atendimento fora dos hospitais devido aos danos estruturais causados pelos abalos sísmicos.
Mobilização global
Diversos países já enviaram equipes ou recursos para auxiliar as operações emergenciais em Mianmar:
- A China despachou 82 equipes especializadas além da promessa US$ 13,8 milhões em ajuda humanitária.
- Um avião vindo da Índia pousou com suprimentos essenciais como kits higiene e alimentos.
- Coreia do Sul, Malásia e Organização Mundial da Saúde também confirmaram assistência.
Líderes mundiais expressaram solidariedade diante da tragédia: Donald Trump classificou os acontecimentos como “terríveis”, enquanto Charles III (Reino Unido), Shigeru Ishiba (Japão) e Xi Jinping manifestaram condolências às autoridades locais.
Busca por sobreviventes na Tailândia
Na fronteira com Mianmar, na Tailândia, equipes trabalham intensamente para encontrar sobreviventes entre os escombros do colapso repentino de uma construção residencial em Bangkok com cerca de 30 andares ainda inacabados. O acidente deixou pelo menos oito mortos confirmados no local; outras oito pessoas foram resgatadas vivas.
O governador Chadchart Sittipunt informou que 79 trabalhadores permanecem desaparecidos sob os destroços próximos ao Mercado Chatuchak – ponto turístico popular nos finais semanais – indicando possibilidade real aumento no número total vítimas fatais.
Drones equipados com câmeras térmicas detectaram sinais vitais correspondentes a pelo menos trinta indivíduos soterrados até agora. Para garantir segurança adicional após relatos sobre outros edifícios danificados pela sequência sísmica recente foram enviados mais cem especialistas técnicos à capital tailandesa.
conclusão
A extensão exata deste desastre natural ainda é incerta devido às dificuldades nas comunicações locais; contudo as informações disponíveis indicam uma tragédia humanitária grave tanto em Mianmar quanto na Tailândia vizinha. O apoio internacional tem sido fundamental diante das limitações internas enfrentadas pelas autoridades locais num cenário já fragilizado pela guerra civil prolongada desde fevereiro de 2021.
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