O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitou nesta quarta-feira (9) o Acampamento Terra Livre (ATL), a maior mobilização indígena do país. Durante a visita, ele vacinou contra a gripe um grupo de lideranças indígenas e integrantes do governo federal para reforçar a importância da vacinação e garantir a segurança dos imunizantes. A ação faz parte da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza, que teve início no dia 7 de abril nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Na Região Norte, onde está o Amazonas, a campanha começará no segundo semestre com o início do inverno amazônico.
Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza
A imunização dos povos indígenas é uma das prioridades dentro da campanha contra o vírus influenza – responsável por infecções agudas no sistema respiratório. O Ministério da Saúde assegura que as vacinas estão disponíveis para todos os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) em todo o país. Além disso, Padilha anunciou que em abril será lançado o Mês da Vacinação dos Povos Indígenas para intensificar ainda mais essa ação nos territórios indígenas, incluindo áreas de difícil acesso geográfico.
Público-alvo prioritário
Entre os grupos contemplados pela campanha estão os povos indígenas considerados vulneráveis e que recebem gratuitamente as doses na rede pública. Também são incluídas crianças entre 6 meses e menos de seis anos; idosos; gestantes; trabalhadores da saúde; puérperas; professores das redes básica e superior; pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e salvamento; além das Forças Armadas.
Outros públicos atendidos são pessoas com deficiência permanente ou doenças crônicas não transmissíveis independentemente da idade; caminhoneiros; trabalhadores do transporte coletivo urbano e intermunicipal; portuários; funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade entre 12 e 21 anos sob medidas socioeducativas.
Desafios enfrentados na vacinação indígena
Durante sua fala no ATL, Padilha destacou dois grandes desafios para garantir o sucesso dessa iniciativa: combater as fake news que atingem tanto os povos indígenas quanto profissionais de saúde – dificultando a adesão à vacina – e superar obstáculos logísticos relacionados ao acesso às comunidades remotas.
Operação logística complexa
Para atender todas as terras indígenas brasileiras com eficiência nas campanhas públicas de saúde, o Ministério realiza uma operação robusta envolvendo helicópteros, aeronaves equipadas com cadeia fria móvel alimentada por energia solar e equipes médicas distribuídas estrategicamente pelos Dseis. Atualmente todos esses distritos contam com médicos capacitados para acompanhar as ações sanitárias locais.
Importância estratégica da vacinação indígena
Padilha ressaltou que proteger os povos indígenas significa preservar sua diversidade cultural e biológica. A vacina é apontada como uma medida essential nessa proteção inicial contra doenças respiratórias graves causadas pelo vírus influenza.
“Aproveitamos este momento no Acampamento Terra Livre para dar visibilidade à importância desse ato”, afirmou após vacinar lideranças tradicionais como Joenia Wapichana (presidenta da Funai), Ricardo Weibe Tapeba (secretário nacional de Saúde Indígena), deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) e Alberto Terena (coordenador executivo da Apib).
A vacinação deve alcançar todas as faixas etárias dentro dos grupos indígenas, reforçou Padilha ao destacar compromisso contínuo do Ministério em garantir imunizantes suficientes para toda essa população especial espalhada pelo Brasil.
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