O Ministério da saúde anunciou que solicitará a incorporação da vacina contra chikungunya no Sistema Único de saúde (SUS). Desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Valneva, a vacina teve seu registro aprovado recentemente pela Anvisa. O pedido será encaminhado à Comissão Nacional de incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) para avaliação e definição das medidas necessárias para disponibilizar o imunizante na rede pública.
Incorporação da vacina ao SUS
O Ministério da Saúde informou que, após aprovação pela Conitec e garantia da capacidade produtiva, a vacina será incluída no Programa Nacional de Imunizações. Essa medida representa um avanço importante na prevenção contra a chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, vetor também responsável pela dengue e pelo vírus Zika.
Características e indicações do imunizante
A nova vacina é do tipo recombinante atenuada e aplicada em dose única. É indicada para adultos com 18 anos ou mais que estejam sob risco elevado de exposição ao vírus. Gestantes e pessoas imunocomprometidas não devem receber o imunizante.Antes do registro no Brasil, o produto já havia sido aprovado por agências internacionais como a FDA dos Estados Unidos e a Agência Europeia de Medicamentos.
Avanços na produção nacional
Atualmente, a fabricação inicial ocorre na Alemanha pela empresa IDT Biologika GmbH. entretanto, está prevista transferência tecnológica para o Instituto Butantan, possibilitando que futuramente toda produção seja realizada em território brasileiro.
Situação atual da chikungunya no Brasil
Desde sua chegada ao país em 2014, o vírus se espalhou por todos os estados brasileiros. Os sintomas característicos incluem febre alta acompanhada por dores intensas nas articulações – quadro que pode evoluir para dores crônicas em alguns casos. Até 14 de abril de 2025 foram registrados 68,1 mil casos confirmados com 56 mortes relacionadas à doença.
Casos recentes no Amazonas
No ano corrente foram notificados em Manaus 404 casos de dengue, dois casos confirmados de zika vírus e 32 registros oficiais de chikungunya – dados importantes para monitoramento regional das arboviroses.
Conclusão
A incorporação desta vacina representa um passo decisivo no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no Brasil. Com tecnologia nacional aliada à experiência internacional reconhecida pelas principais agências reguladoras mundiais, espera-se ampliar significativamente as estratégias preventivas oferecidas pelo SUS.
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