A cantora e compositora Cristina Buarque faleceu aos 74 anos neste domingo (20), em decorrência de complicações causadas por um câncer.O anúncio foi feito pelo filho da artista,Zeca ferreira,por meio das redes sociais. Cristina era filha do historiador Sérgio Buarque de hollanda e irmã dos músicos Chico Buarque, Miúcha e Ana de hollanda. Nos últimos anos, ela morava na Ilha de Paquetá.
trajetória dedicada ao samba
Cristina Buarque iniciou sua carreira artística em 1968, quando gravou a canção Sem Fantasia ao lado do irmão Chico Buarque.Em 1974 lançou seu primeiro álbum solo, que destacou obras importantes do samba como as de Cartola, Dona Ivone Lara e Nelson Cavaquinho. Ao longo da vida profissional, dedicou-se intensamente ao resgate da memória do samba brasileiro, valorizando composições pouco conhecidas e inéditas de mestres como Candeia.
Principais trabalhos musicais
Entre os registros mais relevantes estão o LP Cristina (1974), o LP vejo Amanhecer (1980), o álbum com mauro Duarte (1987) e os CDs Chico Buarque de Mangueira (1998) e Um ser de luz – saudação a Clara Nunes (2003). além disso, participou do espetáculo Cristina Buarque e Terreiro Grande, apresentado em 2007.
Reconhecimento público e homenagens
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou pesar pela morte da cantora destacando seu papel fundamental na música brasileira: “Cantora e compositora talentosa teve um papel extraordinário na música brasileira (…) deixo minha solidariedade”. A Escola de Samba Portela também prestou homenagem ressaltando que Cristina nasceu em São Paulo mas dedicou sua vida ao samba carioca.
Depoimentos sobre sua influência
Artistas como Teresa Cristina lembraram a importância dela para a revitalização do samba na Lapa: “Cristina era a grande responsável pela revitalização do samba da Lapa. influenciou toda uma geração com suas fitas e CDs.” João Carino, representante do Instituto Memória Musical Brasileira afirmou que ela foi “uma enciclopédia da música brasileira”. O músico Tiago Prata destacou ainda sua postura firme diante das pressões comerciais: “Cristina não se rendeu aos caprichos da indústria. Formou toda uma geração.” A cantora Alice Canto refletiu sobre seu amor genuíno pelo gênero: “Ela nunca se autoproclamou sambista. Era uma admiradora externa com amor verdadeiro pelas melodias.”
Legado cultural no cenário musical brasileiro
Ao longo dos anos, Cristina contribuiu para manter viva a tradição dos sambistas históricos brasileiros através das suas interpretações cuidadosas das obras desses artistas consagrados. Seu trabalho influenciou diversas gerações tanto dentro quanto fora dos palcos tradicionais do samba.
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