Mirian Lira Rocha, mãe das duas crianças que morreram após consumirem um ovo de Páscoa possivelmente envenenado em Imperatriz (MA), afirmou não saber como seguirá a vida sem os filhos. Ela foi liberada pelo Hospital Municipal de Imperatriz para participar do sepultamento da filha Evely Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, que faleceu na terça-feira (22). O primeiro a morrer foi o filho Luís Fernando, de 7 anos, na quinta-feira anterior (17). Mirian estava hospitalizada junto com as crianças e ainda se encontra debilitada.
Caso das Crianças Mortas Após Ovo de Páscoa
O caso chocou a cidade maranhense quando as duas crianças apresentaram sintomas graves após comerem um ovo de chocolate entregue à família no dia 16 de abril. O presente veio acompanhado por um bilhete com os dizeres: “Com amor para Mirian Lira. Feliz Páscoa!!!”. Segundo Mirian, ela recebeu uma ligação perguntando se havia recebido o pacote e pensou tratar-se apenas da confirmação da entrega pela loja Cacau Show.
Consumo do ovo e Reação das Crianças
Mirian relatou que não lembra exatamente a ordem em que cada um comeu o chocolate, mas afirmou que estavam juntos e cada um provou “um pouquinho”. Ela não percebeu imediatamente quando sua filha começou a passar mal. A mãe expressou seu sofrimento: “Nunca imaginei estar passando por isso… Não sei como vai ser daqui para frente. Só quero justiça porque perdi meus dois filhos.”
Prisão da Suspeita e Investigação Policial
Jordélia Pereira Barbosa, 35 anos, foi presa sob suspeita de ter envenenado as crianças e sua mãe com o ovo contaminado. Conforme informações da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, Jordélia é ex-companheira do atual namorado de Mirian e deve responder por dois homicídios consumados e uma tentativa.
Detalhes sobre a Suspeita
Durante as investigações policiais ficou evidenciado que Jordélia reservou hospedagem em hotel local usando documentos falsos – incluindo crachá com nome inventado – além disso usava peruca preta como disfarce. Em mensagens trocadas via celular obtidas pela Polícia Civil do Maranhão ela alegava ser mulher transgênero cuja documentação ainda estava sendo regularizada.
no dia seguinte à reserva no hotel (15/04), às 19h do dia 16/04 o ovo foi entregue à família por meio de mototáxi; segundo apuração policial não há indícios contra o entregador quanto ao crime.
Às 2h40 da madrugada seguinte (17/04), imagens mostram Jordélia embarcando rumo à cidade onde reside Santa Inês; ela foi detida pouco antes da chegada ao destino. A principal linha investigativa aponta motivação ciumenta para o crime.
Provas Coletadas pela Polícia Civil
A polícia chegou até Jordélia após ouvir testemunhas próximas às vítimas e analisar imagens capturadas no comércio onde comprou o chocolate em Imperatriz. Foram apreendidos objetos pessoais dela como óculos, perucas diversas, restos do chocolate suspeito, medicamentos e bilhetes rodoviários.
Até agora prevalece a hipótese inicial: o ovo estava envenenado deliberadamente para causar dano fatal às vítimas.
Análises Forenses em Andamento
A perícia coletou amostras sanguíneas dos três envolvidos para identificar qual substância teria sido adicionada ao chocolate contaminado. Também será feita análise detalhada dos materiais encontrados com Jordélia durante sua prisão.
Os resultados desses exames devem ser divulgados nos próximos dias pelas autoridades responsáveis pela investigação criminal.
Mirian Lira Rocha segue abalada diante dessa tragédia familiar irreparável enquanto aguarda justiça pelos seus filhos perdidos tão precocemente devido ao crime brutal ocorrido em Imperatriz (MA).Acompanhe as atualizações da matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do Amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!