A Polícia Civil do Maranhão concluiu que Jordélia Pereira envenenou um ovo de Páscoa com chumbinho, um veneno proibido no Brasil, para matar uma rival por ciúmes do exdurante-julgamento-no-stf/” title=”Defesa de Bolsonaro Argumenta que Acusações Carecem de Especificidade … Julgamento no STF”>-marido. O crime ocorreu em Imperatriz e resultou na morte dos irmãos Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7 anos. A mãe das crianças, Mirian Lira, também foi intoxicada e sobreviveu após internação grave.
Investigação e confirmação do envenenamento
A polícia divulgou o laudo pericial nesta quarta-feira (30),quando o Instituto de Criminalística confirmou que o ovo continha chumbinho,substância tóxica usada clandestinamente como pesticida no país. O mesmo veneno foi detectado nos corpos das crianças, no organismo da mãe e em objetos apreendidos com a suspeita durante sua prisão.
Provas reunidas
Com base nas evidências coletadas – incluindo restos do chocolate contaminado – os investigadores encerraram o inquérito policial e devem indiciar Jordélia por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
Planejamento do crime
Jordélia teria arquitetado o envenenamento ao descobrir que Mirian Lira mantinha relacionamento amoroso com seu ex-marido há cerca de três meses. Foi justamente esse homem quem comunicou à polícia as ameaças feitas pela ex-companheira contra a nova parceira.
Execução premeditada
Imagens captadas por câmeras de segurança,notas fiscais da compra do chocolate e depoimentos confirmam que Jordélia viajou aproximadamente 384 quilômetros entre Santa Inês e Imperatriz para colocar seu plano em prática. Disfarçada com peruca e óculos escuros, ela adquiriu o ovo contaminado numa loja local.Para entregar o presente venenoso na residência da vítima, contratou um motoboy antes de retornar para Santa Inês onde foi presa ao desembarcar do ônibus.
Durante a prisão foram encontrados com ela restos do chocolate adulterado, duas perucas diferentes usadas como disfarce, bilhete rodoviário falso além de crachás falsificados.Para se hospedar num hotel sem apresentar documentos oficiais utilizava identidade falsa sob nome feminino fictício alegando estar em processo transexual.
Depoimento da mãe sobrevivente
Mirian Lira relatou ter consumido junto aos filhos aquele chocolate aparentemente comum na cozinha da casa sem desconfiar nada até começarem os sintomas graves horas depois. Luís Fernando faleceu primeiro; Evelyn resistiu cinco dias mas não sobreviveu; Mirian ficou internada entubada em estado crítico porém conseguiu se recuperar.
Em entrevista emocionada à TV Mirante afirmou: “Só Deus mesmo pode me ajudar agora… Não sei como será daqui pra frente mas quero justiça porque perdi meus dois filhos”.
Perfil da suspeita
Jordélia Pereira é esteticista residente em Santa Inês onde vivia com seus dois filhos pequenos.Frequentadora assídua de uma igreja local teve relacionamento conturbado com seu ex-marido que retomou namoro recente com Mirian Lira – motivo apontado pela polícia como motivação para a vingança fatal.
Ela foi presa em flagrante no dia 17 abril; no dia seguinte teve sua prisão convertida para preventiva pela Justiça maranhense permanecendo custodiada na Unidade Prisional Feminina localizada em São Luís enquanto responde pelos crimes imputados.
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