Na madrugada desta quarta-feira (16), Israel realizou uma série de ataques aéreos que atingiram o Ministério da defesa sírio e áreas próximas ao palácio presidencial em Damasco, capital da Síria. A ofensiva faz parte da resposta israelense contra forças do governo sírio acusadas por Tel Aviv de atacar comunidades drusas no sul do país. O governo israelense declarou que pretende eliminar essas forças e exigiu sua retirada imediata da região.
Ataques aéreos em Damasco e tensões regionais
Os bombardeios ocorreram mesmo com o recente avanço nas relações diplomáticas entre Síria e Estados Unidos, além dos contatos de segurança estabelecidos entre Síria e Israel. Essa ação demonstra uma escalada na postura israelense contra a administração islâmica liderada pelo presidente interino Ahmed al-Sharaa, aumentando as tensões numa região já instável.
Israel classificou o governo sírio como jihadista disfarçado e afirmou que não permitirá o deslocamento dessas forças para o sul do país. O compromisso declarado por Tel Aviv é proteger a comunidade drusa local contra ataques, reforçando seu apoio à minoria religiosa presente na área.
Conflitos internos em Sweida
A cidade de Sweida, reduto druso no sul da Síria, tem sido palco de intensos confrontos recentes que deixaram dezenas de mortos. Combatentes drusos entraram em conflito com tropas do governo sírio e tribos beduínas locais, numa disputa marcada por rivalidades antigas envolvendo questões religiosas e políticas.
As tropas governamentais foram enviadas para conter os combates entre grupos armados drusos e tribos beduínas, mas acabaram enfrentando também as milícias drusas. Essa situação reflete a fragmentação do poder na Síria e as dificuldades enfrentadas pelo governo para controlar todas as facções armadas presentes no território.
Impacto dos ataques em Damasco
Moradores relataram ouvir aviões militares sobrevoando constantemente Damasco durante os bombardeios, acompanhados por explosões que geraram colunas visíveis de fumaça sobre o Ministério da Defesa. Autoridades locais confirmaram 13 feridos devido aos ataques enquanto um clima generalizado de medo se espalha pela capital diante das ameaças constantes dos combates.
Em Sweida, moradores vivem isolados dentro das casas cercados por tiros e israel-bombardeia-emissora-estatal-iraniana-durante-transmissao-ao-vivo/” title=”… bombardeia emissora estatal iraniana durante transmissão ao vivo”>explosões frequentes.Um residente contou que tenta manter as crianças silenciosas para evitar serem localizados pelos combatentes adversários – um reflexo claro do impacto psicológico causado pela violência contínua na população civil.
Quem são os drusos? Acusações cruzadas
Os drusos são uma minoria religiosa ligada a uma ramificação do Islã distribuída entre Síria, Líbano e Israel. Um líder espiritual dessa comunidade denunciou ataques brutais promovidos pelas forças governamentais sírias contra seu povo. Por outro lado,o governo acusa “gangues ilegais” como responsáveis pela violência crescente na região – evidenciando um conflito político-tribal complexo com fortes dimensões sectárias.
Ofensiva israelense continua no sul da Síria
As Forças Armadas israelenses afirmam manter operações ofensivas contra alvos ligados ao regime sírio no sul do país – incluindo tanques e veículos armados direcionados à área de Sweida. Segundo Tel Aviv, essas ações visam impedir massacres contra os drusos locais além de conter avanços das forças consideradas hostis à segurança regional.
O número total de mortos nos confrontos recentes cresce rapidamente: enquanto a Rede Síria dos Direitos Humanos contabiliza 169 vítimas fatais até agora, fontes locais estimam que esse número possa chegar próximo a 300 pessoas devido às dificuldades para confirmar dados num cenário caótico.
Apelo internacional por cessar-fogo
Tom Barrack, enviado especial dos Estados Unidos para a Síria, expressou preocupação diante da escalada violenta na região especialmente pelos ataques sofridos pela população civil em Sweida. Ele pediu recuo imediato das partes envolvidas visando iniciar negociações sérias para estabelecer um cessar-fogo duradouro – ressaltando ainda ser basic responsabilizar agressores para garantir estabilidade futura ao território afetado pelo conflito.
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