O implante contraceptivo Implanon será oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas unidades básicas de saúde (UBS) a partir do segundo semestre deste ano. A medida, anunciada pelo Ministério da Saúde durante reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), prevê um investimento aproximado de R$ 245 milhões para a aquisição e distribuição de 1,8 milhão desses dispositivos em todo o país, sendo 500 mil unidades disponibilizadas ainda em 2024.
Implantação do implanon no SUS
A decisão oficial sobre a incorporação do implante contraceptivo ao SUS será formalizada por meio de uma portaria que deve ser publicada nos próximos dias. Após essa publicação, as áreas técnicas do ministério terão até 180 dias para implementar o serviço, incluindo atualização das diretrizes clínicas, compra dos insumos e capacitação dos profissionais responsáveis pela inserção e retirada do dispositivo.
Capacitação profissional
A aplicação e remoção do Implanon devem ser realizadas exclusivamente por médicos e enfermeiros qualificados. Por isso, o Ministério da Saúde planeja ações específicas para formação teórica e prática desses profissionais com o objetivo garantir segurança e eficácia no atendimento às usuárias.
Características do método contraceptivo
O Implanon é um método subdérmico que oferece alta eficácia na prevenção da gravidez por até três anos sem necessidade de intervenções durante esse período. Após esse tempo, o implante deve ser retirado; caso haja interesse da usuária, um novo dispositivo pode ser inserido imediatamente. Além disso, a fertilidade retorna rapidamente após a remoção.
Comparação com outros métodos disponíveis no SUS
Atualmente, entre os métodos oferecidos pelo SUS apenas o DIU de cobre é classificado como Larc – sigla em inglês para contraceptivos reversíveis de longa duração – assim como o Implanon. Esses métodos são considerados mais eficazes porque não dependem do uso contínuo ou correto pela usuária ao contrário dos anticoncepcionais orais ou injetáveis.
Os principais métodos disponíveis na rede pública são:
- preservativos externo e interno
- DIU de cobre
- anticoncepcional oral combinado
- pílula oral somente com progestagênio
- injetáveis hormonais mensal e trimestral
- laqueadura tubária bilateral
- vasectomia
Vale destacar que apenas os preservativos oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Impactos esperados com a ampliação do acesso
Além da prevenção à gravidez não planejada, ampliar o acesso ao implanon contribui diretamente para reduzir índices importantes relacionados à saúde materna. O Ministério da Saúde ressaltou que essa iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas – especialmente as metas que visam diminuir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% entre mulheres negras até 2027.
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