Após a paralisação dos rodoviários em Manaus, os ônibus foram recolhidos para as garagens, o que resultou em paradas e terminais lotados na manhã desta quinta-feira (11). O protesto ocorreu na Avenida Brasil, zona oeste da capital, próximo à sede do Governo do Amazonas, causando impacto no trânsito e no transporte público da cidade. A mobilização foi motivada pelo atraso no pagamento de salários e benefícios aos trabalhadores.
Paradas e terminais lotados após paralisação dos rodoviários por salários atrasados
A interrupção das atividades pelos rodoviários provocou aglomerações nas principais paradas e terminais de Manaus. Com os veículos fora de circulação desde o início da manhã, passageiros enfrentaram longas esperas sem previsão imediata para a retomada do serviço. O protesto afetou significativamente o fluxo urbano, especialmente na região próxima ao local onde ocorreu a manifestação.Motivos da paralisação
De acordo com os trabalhadores envolvidos na greve, o principal motivo foi o atraso nos pagamentos referentes ao vale-alimentação e aos salários. O vale-alimentação deveria ter sido creditado em 20 de agosto, mas só foi depositado seis dias depois. Já o salário referente ao mês de setembro não havia sido pago até esta quinta-feira (11),mesmo com previsão para quitação até o quinto dia útil do mês.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, confirmou que os motoristas recolheram os ônibus às garagens como forma de pressionar pela regularização dos pagamentos. Oliveira destacou que há R$ 19 milhões disponíveis em conta estadual – valores liberados pela Justiça – mas que ainda não foram repassados aos trabalhadores.
Responsabilidade das empresas e Estado
O sindicato das empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) atribui os atrasos à falta de repasse por parte do governo estadual. Segundo a entidade patronal, recursos destinados ao custeio do transporte escolar foram depositados judicialmente porém devolvidos ao Estado por questões burocráticas ou administrativas ainda não esclarecidas oficialmente.
Assim que esses valores forem liberados novamente pelo governo estadual e repassados às empresas responsáveis pelo transporte público municipal, segundo Sinetram haverá pagamento imediato dos salários atrasados aos funcionários.
Diálogo aberto para solução
O sindicato patronal ressaltou seu compromisso com a prestação adequada dos serviços públicos e afirmou estar disponível para diálogo com trabalhadores e autoridades visando garantir tanto a integridade quanto a continuidade operacional do sistema coletivo em Manaus.
Até o momento desta publicação, não houve manifestação oficial por parte do governo do Amazonas sobre as medidas adotadas para liberar os recursos financeiros pendentes ou sobre uma possível data para normalização total dos pagamentos aos rodoviários.
Conclusão
A paralisação evidenciou um impasse entre trabalhadores rodoviários e órgãos governamentais quanto à liberação financeira necessária para manter regularidade no serviço público essencial à população manauara. A situação reforça a importância da negociação transparente entre todas as partes envolvidas visando evitar novos transtornos urbanos causados pela falta de pagamento pontual aos profissionais responsáveis pelo transporte coletivo.
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