Uma adolescente de 16 anos foi morta pelo próprio pai no Paquistão após se recusar a apagar sua conta no tiktok. O crime aconteceu nesta semana na cidade de Rawalpindi, conforme informações da AFP. A investigação revelou que o pai descobriu o perfil da filha na rede social e exigiu que ela encerrasse a conta e parasse de usar a plataforma. Ao desobedecer, a jovem foi assassinada com disparos feitos pelo pai.
Crime motivado por controle familiar
No Paquistão,país conservador e de maioria muçulmana,casos como esse não são incomuns. Muitas mulheres sofrem violência por atitudes consideradas “inadequadas” dentro do ambiente familiar, inclusive em espaços virtuais. as regras rígidas impostas pelos familiares frequentemente resultam em homicídios classificados como “crimes de honra”, quando parentes matam para preservar supostos valores tradicionais.
Tentativa de encobrir o assassinato
Após cometer o crime, o pai contou com ajuda da família para tentar simular um suicídio da adolescente. No entanto, as autoridades identificaram rapidamente que se tratava de um homicídio planejado e registraram o caso como um crime passional ligado à cultura local.
Uso crescente do TikTok entre jovens paquistanesas
Apesar das restrições sociais e do baixo acesso feminino à tecnologia – apenas 30% das mulheres possuem celular contra 58% dos homens – plataformas como TikTok têm ganhado popularidade no país. A rede social é utilizada tanto para entretenimento quanto para geração de renda extra por meio da criação de conteúdo digital.
Desafios enfrentados pelas mulheres online
O aumento do uso dessas redes expõe as jovens paquistanesas a conflitos familiares intensos devido às normas culturais conservadoras que limitam sua liberdade digital e pessoal. Essa tensão pode levar a episódios graves como este assassinato recente.
Conclusão
Este caso evidencia os perigos enfrentados por muitas adolescentes em ambientes onde tradições rígidas colidem com as novas formas digitais de expressão pessoal. É fundamental ampliar debates sobre direitos humanos e proteção às mulheres nessas comunidades para evitar tragédias semelhantes.
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