A intervenção performática “MANGARÁ” percorrerá diversos bairros de Manaus ao longo do mês de agosto, unindo arte, corpo e uma forte mensagem sobre a crise climática que afeta a Amazônia. A iniciativa,contemplada pelo edital nº 04/2024 de fomento à dança,será apresentada em locais como Coroado 1,Ramal do Brasileirinho e no Centro da cidade. Além das performances, duas oficinas gratuitas estão programadas para envolver a comunidade.
A proposta da intervenção visa ocupar o espaço urbano com movimentos que provocam reflexões sobre o colapso ambiental. Tainá Andes, performer e diretora do projeto, destaca: “MANGARÁ não se explica; se sente. É a manifestação de um corpo-floresta em colapso. Dançamos para processar o que nos atravessa e lembrar que a terra está viva e grita”.
De acordo com Tainá, essa obra é um ritual em movimento que convoca imagens e memórias para representar os impactos ambientais nas nossas vidas-corpos-árvores. criada em 2024 durante o “Laboratório de Criação: escritas,provocações e práticas corporais”,”MANGARÁ” teve sua estreia na Galeria de Artes da UFAM.
A intervenção reflete as dores causadas pelo desmatamento e pelas mudanças climáticas extremas na região amazônica. Em 2025, os estudos continuarão com contribuições dos artistas Jaú Tupinambá e Vívian Oliveira.O projeto conta com uma equipe formada por artistas ativistas locais comprometidos com a conscientização ambiental através das artes cênicas. A obra simboliza uma Amazônia em transformação: raízes ferventes, árvores caminhantes e águas deslocando-se são algumas das imagens evocadas pela performance.As apresentações começam no dia 9 de agosto às 17h na Rua União no bairro Coroado 1. No dia 13 de agosto será realizada uma performance no Largo de São Sebastião também às 17h. No dia seguinte (17), “MANGARÁ” será apresentada na Comunidade Nova Esperança Kokama no Ramal do Brasileirinho; nesse mesmo dia ocorrerá a primeira oficina gratuita chamada “Confluência Criativa”, destinada aos moradores da comunidade.
Uma segunda oficina está agendada para o dia 22 de agosto na sede da CUFA/AM na zona Sul; as inscrições podem ser feitas através do Instagram @tainaandes.
A direção é compartilhada entre Tainá Andes e Viviane Palandi; esta última também cuida da produção executiva do projeto. A equipe inclui profissionais como Jade Kokama (direção de produção), Elias Costa (assistência) entre outros colaboradores dedicados ao figurino, fotografia e comunicação.O projeto recebe apoio do Governo do Estado do Amazonas por meio do Conselho Estadual de Cultura além da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa (SEC/AM) junto ao Governo Federal.
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