quarta-feira, agosto 6, 2025
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Zé Roberto, ex-líder da FDN, solicita progressão para regime semiaberto após 13 anos de encarceramento

Líder de facção criminosa solicita progressão para regime semiaberto em Manaus

José Roberto Fernandes Barbosa, conhecido como “Zé Roberto da Compensa”, ex-comandante da facção criminosa Família do Norte (FDN), protocolou um pedido à Justiça para a progressão ao regime semiaberto. Ele cumpre uma pena de 48 anos e cinco meses, imposta em junho de 2017, por crimes relacionados à organização criminosa e financiamento do tráfico de drogas. A condenação foi resultado das investigações da Operação La Muralla, que desmantelou o esquema internacional de tráfico operado pela FDN no amazonas.

Atualmente detido no Presídio Federal de Campo Grande (MS), Zé Roberto aguarda a avaliação do seu pedido. Para isso, a Justiça determinou que sejam realizados exames criminológicos e apresentada uma certidão atestando sua boa conduta durante o cumprimento da pena. Após esses procedimentos, tanto o Ministério Público federal quanto a defesa terão oportunidade para se manifestar antes que uma decisão final seja tomada.

Com sua prisão, Zé Roberto perdeu o controle sobre a FDN, que acabou sendo extinta no estado devido à concorrência com facções rivais. Outros líderes da organização também foram condenados a penas superiores a 39 anos e permanecem sob regime disciplinar diferenciado para evitar qualquer tentativa de retomar as atividades criminosas.

As investigações revelaram que a FDN possuía um estatuto próprio denominado “Doutrinas da Família”, estabelecendo punições severas para os membros que infringissem as regras internas. Além disso, mantinham um sistema rigoroso de cadastro dos integrantes e das finanças do grupo — com um fundo mensal estimado entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão destinado ao financiamento do tráfico e ao sustento das famílias dos presos.

Além das atividades relacionadas ao tráfico de drogas, o grupo é responsável por diversos crimes graves como homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro. Esses fatores contribuíram para justificar o tratamento rigoroso imposto pela Justiça aos seus membros.

Zé Roberto está preso desde aproximadamente 2012 após ser transferido para o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) em Manaus devido às suas ligações com organizações criminosas e envolvimento no tráfico internacional. Com sua condenação em junho de 2017 por organização criminosa e financiamento ao tráfico, ele já cumpre pena há cerca de 13 anos até agosto de 2025.

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