A segunda fase do Circuito DRAMEL de Arte foi inaugurada nesta quinta-feira (24) e levou cerca de 60 estudantes da rede pública de Iranduba para um passeio educativo no sítio Doce Refúgio, onde arte e natureza se encontram em meio à floresta.
O projeto é realizado pelo Instituto DRAMEL, criado em 2015, e tem como base a meliponicultura, técnica de criação de abelhas sem ferrão. A ação integra turismo rural, educação ambiental e expressão artística produzida por crianças da região.
“As crianças não só criaram esculturas com material reaproveitado, como agora caminham por entre elas e conhecem de perto o circuito que ajudaram a montar”, explicou o professor Joaquim Alberto da Silva, diretor do Instituto.
Trilhas educativas
O trajeto percorre dez estações temáticas. As esculturas instaladas em cada parada foram produzidas por alunos na primeira fase do projeto e reaproveitam cascas e resíduos florestais.
Ao longo do caminho, os estudantes conheceram viveiros de mudas, tanques com tambaquis e tartarugas amazônicas, galinheiro agroecológico e aves como as calopsitas, que, mesmo não nativas, encantaram as crianças.
Outro destaque foi o sistema de vermicompostagem, onde minhocas ajudam na decomposição de restos orgânicos. O resultado vira húmus, fertilizante natural usado no próprio sítio.
Abelhas sem ferrão
O Meliponário do sítio despertou curiosidade. Os alunos aprenderam sobre as melíponas, abelhas nativas sem ferrão que são fundamentais para a polinização da floresta. Espécies como a Jandaíra, Moça Branca e Uruçu foram observadas de perto.
“Achei incrível saber que existem abelhas sem ferrão. A ‘Moça Branca’ me encantou. Ela produz muito mel!”, contou a aluna Elizânia Souza, de 14 anos.
Majestade da floresta
O circuito termina diante de uma sumaumeira gigante — árvore considerada sagrada por povos originários. Suas raízes externas, em forma de Sapopemas, formam uma estrutura que servia como instrumento de comunicação ancestral.
“A Samaumeira foi minha favorita. É enorme! Quero muito voltar”, disse Antonella Carvalho, de 9 anos, que participou da atividade como visitante vinda de Manaus.
Educação transformadora
O projeto não só leva conhecimento sobre biodiversidade, mas reforça o pertencimento à floresta. Para Paulo Oliveira, de 13 anos, foi uma vivência marcante.
“Muita gente aqui cria galinha. Eu também. Achei incrível ver que isso também é parte do nosso saber”, afirmou.
“O circuito promove encantamento e valoriza o conhecimento tradicional da Amazônia de forma acessível e sensível”, definiu Joaquim Alberto.
Visitação aberta
O Circuito DRAMEL de Arte está aberto para visitas escolares e vivências educativas durante todo o ano. Os agendamentos podem ser feitos pelo Instagram @dramel.am ou pelo telefone (92) 99207-0715.
A propriedade está localizada no km 5 do ramal Monte Castelo, na AM-070, zona rural de Iranduba.
*Informações de Assessoria
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