Brasília (AM) – Ao som de aplausos e gritos de “mito!”, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi recebido com entusiasmo por deputados do Partido Liberal e aliados na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (21). A recepção também contou com uma oração do Pai Nosso, entoada em coro pelos parlamentares presentes.
O momento foi transmitido ao vivo pelas redes sociais do deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM). Nas imagens, Bolsonaro aparece de mãos dadas com alguns políticos, formando uma corrente de oração liderada por seus apoiadores.
Esta foi uma das primeiras aparições públicas de Bolsonaro usando tornozeleira eletrônica, equipamento imposto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente é investigado por suposta participação em uma trama golpista. Na ocasião, ele esteve na Câmara para articular com a bancada do PL e discutir estratégias de atuação da oposição no Congresso.
Entre os principais temas debatidos no encontro estavam a articulação de manifestações contra decisões do STF, o apoio à anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro e a pressão pela abertura da chamada ‘CPI do Abuso de Autoridade’. O Partido Liberal também sinalizou que deve intensificar ações como parte de sua estratégia de enfrentamento político.
Para reforçar essa mobilização, o partido convocou reuniões extraordinárias para esta terça-feira (22) nas comissões que preside: a Comissão de Segurança Pública e a Comissão de Relações Exteriores. As sessões têm como objetivo exclusivo aprovar moções de apoio a Bolsonaro, ignorando a determinação judicial do uso da tornozeleira eletrônica.
Pode ser preso
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, reforçou a proibição do ex-presidente Jair Bolsonaro de usar redes sociais, estendendo a medida a transmissões, retransmissões e publicações de vídeos, áudios ou transcrições de entrevistas feitas até por terceiros, como aliados ou veículos de mídia.
A decisão visa impedir que Bolsonaro burle a restrição usando intermediários e estabelece que o descumprimento poderá levar à prisão imediata, com base no Código de Processo Penal. A medida está relacionada à investigação sobre ações do ex-presidente nos Estados Unidos que teriam atentado contra a soberania nacional.
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