sábado, julho 12, 2025
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Tarifas dos EUA afetam exportações de 26 estados

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O tarifaço anunciado por Donald Trump pode atingir duramente as exportações brasileiras a partir de agosto. Com alíquota de 50%, a medida incide sobre produtos como aço, carne bovina, celulose, petróleo e café — setores-chave para diversos estados. As informações são do InfoMoney.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram que São Paulo lidera o volume de exportações para os EUA, com US$ 13,5 bilhões no último ano. Em seguida vêm Rio de Janeiro (US$ 7,4 bi), Minas Gerais (US$ 4,6 bi) e Espírito Santo (US$ 3 bi).

Ranking de exportações para os EUA (por valor em US$)

Estado Valor exportado (US$)
São Paulo 13,5 bilhões
Rio de Janeiro 7,4 bilhões
Minas Gerais 4,6 bilhões
Espírito Santo 3,0 bilhões
Rio Grande do Sul 1,8 bilhões
Santa Catarina 1,7 bilhões
Paraná 1,5 bilhões
Bahia 882 milhões
Pará 835 milhões
Maranhão 748 milhões
Amazonas 99 milhões

Estados mais dependentes do mercado dos EUA (em % das exportações)

Estado Dependência (%)
Ceará 44,9%
Espírito Santo 28,6%
Paraíba 21,6%
São Paulo 19,0%
Sergipe 17,1%
Rio de Janeiro 16,2%
Maranhão 13,4%
Minas Gerais 11,0%

Impactos regionais podem afetar emprego e PIB

Segundo a CNI, cada R$ 1 bilhão exportado para os EUA gerou, em 2024, 24,3 mil empregos diretos e R$ 531,8 milhões em massa salarial. Com a nova tarifa, o aumento de custos poderá tornar inviável parte dessas exportações, gerando perdas locais, especialmente em estados com baixa diversificação de mercados.

Para o professor Paulo Vicente, da Fundação Dom Cabral, a dependência excessiva torna o cenário ainda mais delicado. “Quanto maior a dependência, maior o impacto no PIB estadual”, explica.

Caminhos possíveis para os exportadores brasileiros

Como alternativa, especialistas sugerem a busca por novos mercados — como Europa, Ásia e África — ou a criação de subsidiárias dentro dos Estados Unidos, para driblar o aumento tarifário. Mas alertam: nenhum parceiro comercial substitui o peso do mercado americano no curto prazo.

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( * ) Com informações da InfoMoney/GC

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