O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira (10) que “ninguém quer baixar os juros para ter uma inflação lá em cima”, ao ser questionado durante audiência na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados.
A declaração foi uma resposta ao deputado Pauderney Avelino (União-AM), que cobrou explicações sobre o aumento da dívida pública – atualmente na casa dos 76% do PIB – e sobre a possível autorização da compra do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília).
“O Banco Master tem problemas de operação e gestão dos ativos, com baixa liquidez. O BC precisa cuidar disso. Em que pé está essa situação?”, questionou o parlamentar.
Galípolo respondeu que o Banco Central ainda analisa o perímetro da operação e que novos documentos foram entregues pelas partes envolvidas. Ele reforçou que a autarquia avalia apenas a viabilidade técnica da transação, sem interferir nas decisões comerciais.
Sobre a política monetária, o presidente do BC defendeu a manutenção da meta de inflação em 3% e afirmou que não há espaço para flexibilização, apesar da taxa Selic estar em 15% ao ano. Segundo ele, o Brasil precisa alinhar seus juros aos de países pares, sem colocar em risco o controle inflacionário.
Sistema financeiro é sólido, diz Galípolo
Ao comentar o ataque hacker à empresa C&M, com rombo estimado em R$ 1 bilhão, Galípolo garantiu que os sistemas do Banco Central não foram afetados e que o caso está sendo investigado. Ele reforçou a solidez do sistema financeiro nacional e defendeu a modernização institucional como ferramenta para garantir segurança e eficiência da política monetária.
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