Na abertura do 58º Festival de Parintins, nesta sexta-feira (27), o Boi Caprichoso encerrou a primeira noite de apresentações com o tema “Amyipaguana: Retomada pelas Lutas”. O espetáculo levou à arena encenações e alegorias que exaltaram a resistência dos povos indígenas, os saberes tradicionais e as mulheres da Amazônia. O evento é organizado pelo Governo do Amazonas e segue até domingo (29), no Bumbódromo.
Segundo o presidente do Boi Caprichoso, Rossy Amoedo, o ano de 2025 foi marcado por muito esforço e dedicação da agremiação.
“Nós nos preparamos muito para esse momento. Primeira noite, sempre temos atenção, mas o Boi Caprichoso se dedicou, se esforçou bastante para chegar pronto para entrar na arena e fazer um grande espetáculo”, disse o presidente.
Entre os destaques da noite esteve a alegoria “Yurupari”, assinada pelo artista Roberto Reis. A obra trouxe para a arena a história da divindade indígena Yurupari, personagem tradicional da cultura amazônica. Segundo a encenação, essa figura foi demonizada por religiosos durante o processo de catequização das populações indígenas, mas continua sendo símbolo de força e espiritualidade.
Figura Típica Regional homenageia mulheres da cura
A Figura Típica Regional escolhida pelo Caprichoso foi “Majés, as Senhoras da Cura”, criada pelos alegoristas Preto e Paulo Pimentel, conhecidos como Irmãos do Palmares. A apresentação prestou uma homenagem às mulheres da Amazônia que preservam o conhecimento ancestral sobre plantas medicinais e técnicas de cura, contribuindo para a saúde e a cultura nas comunidades ribeirinhas.
Emoção e tradição na torcida azul
No meio do público, a emoção era visível. Marilene Pimentel, item 19 do bumbá, veio de Boa Vista do Ramos para assistir à apresentação.
“São vários anos que venho. Desde manhã cedo na fila. O Caprichoso é tudo, desde criança eu sou azul. É uma emoção muito grande”, afirmou a torcedora.
Ritual Tupinambá encerra a noite
A última apresentação da noite foi o Ritual Indígena com o tema “Ritual Tupinambá: A Retomada da Verdade Originária”, criado pelo artista Jucelino Ribeiro. A alegoria trouxe a arena um chamado à valorização da ancestralidade e da memória dos povos originários, encerrando a noite com uma mensagem poderosa de retomada e resistência cultural.
Festival de Parintins segue até domingo
Com o encerramento da apresentação do Boi Caprichoso, a primeira noite do Festival de Parintins 2025 chegou ao fim. As apresentações continuam neste sábado (28) e domingo (29), no Bumbódromo, com a promessa de mais espetáculos grandiosos que celebram a cultura amazônica.
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