O Censo Demográfico de 2022 revelou que 9% dos residentes do Amazonas (349 mil pessoas) são migrantes de outros estados. Paraenses, maranhenses e acreanos são os grupos mais numerosos. Apesar de ainda ser o maior grupo, o percentual de migrantes do Pará diminuiu em relação aos anos anteriores. Em contrapartida, o número de emigrantes amazonenses para outras unidades da federação aumentou significativamente em 2022, com o Pará, Rondônia, Roraima e Acre sendo os principais destinos. Por conseguinte, o estado do Amazonas apresenta um saldo migratório negativo no quinquênio de 2017 a 2022.
Manaus, capital do Amazonas, concentra a maior parte dos migrantes estaduais, com 6,28% da população residente sendo oriunda do Pará. Além da migração interna, o Amazonas registrou um aumento de 488% no número de imigrantes internacionais entre 2010 e 2022, totalizando 57.549 pessoas, sendo a maioria venezuelanos, colombianos e peruanos. Estrangeiros representam o segundo maior contingente de pessoas que vivem no Amazonas, mas não nasceram no estado, ficando atrás apenas dos paraenses. A maioria desses imigrantes internacionais se estabeleceu no estado entre 2018 e 2022. Os dados divulgados hoje, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são do Censo 2022 – Migração.
Destaques
- Cerca de 9% dos residentes no Amazonas ,em 2022, ou ainda um total de 349 mil pessoas, eram migrantes de outros estados. Os paraenses representam o maior grupo, com 152 mil pessoas, seguidos por maranhenses e acreanos. Juntos, esses três estados correspondem a 59,4% do total de pessoas que migraram para o Amazonas;
- O percentual de migrantes oriundos do Pará, no Amazonas, tem diminuído ao longo do tempo, passando de 4,71% ,em 2000, para 4,2% ,em 2010; e 3,9% em 2022. O Ceará, que era o terceiro maior grupo ,em 2010, caiu para o quinto lugar em 2022;
- Em 2022, havia 268.813 emigrantes do Amazonas residindo em outras Unidades da Federação. O aumento foi de 48,6% em relação a 2010. Os estados fronteiriços (Pará, Rondônia, Roraima e Acre) concentram 51% desses emigrantes.
- O Amazonas apresentou um saldo migratório negativo de -46.358 pessoas entre 2017 e 2022. Durante esse período, 45.789 pessoas migraram para o Amazonas, enquanto 92.147 amazonenses mudaram para outros estados;
- O número de imigrantes internacionais ,residentes no Amazonas, aumentou 488% entre 2010 e 2022, totalizando 57.549 pessoas. Destes, 51.174 são estrangeiros e 5.492 são naturalizados brasileiros;
- Estrangeiros se tornaram o segundo maior contingente de pessoas que residem no Amazonas, ficando atrás apenas dos paraenses. Os países de origem mais frequentes para esses fluxos internacionais são Venezuela, Colômbia e Peru;
- A maior parte dos migrantes no Amazonas concentra-se na capital, Manaus, onde, 6,28% dos residentes vieram do Pará (126 mil pessoas), e se tornou o maior grupo de imigrantes na capital;
- Em Manaus, os maiores grupos de imigrantes, depois dos paraenses, são do Maranhão (1,1% da população, ou 22.294 pessoas) e do Ceará (1,04% da população, ou 20.932 pessoas). Os estados com menor número de imigrantes residentes em Manaus incluem Sergipe, Espírito Santo e Alagoas.
No Amazonas, das 3,94 milhões de pessoas residentes ,em 2022, cerca de 9% eram migrantes de outros estados, representando um total de 349 mil pessoas. O estado cujos migrantes residentes no Amazonas estavam em maior número foram o Pará, com 3,9% da população residente no estado, o equivalente a 152 mil pessoas. Vale ressaltar que o percentual de migrantes oriundos do Pará reduziu ao longo do tempo. Eram 4,71% ,em 2000, e 4,2% em 2010. Maranhão e Acre também se destacam, após o Pará, com o maior percentual de imigrantes ,residentes no Amazonas, com 0,72% (27.969 pessoas) e 0,7% (27.044 pessoas), respectivamente. Juntos, os migrantes destes três estados correspondiam a 59,4% do total de migrantes no Amazonas (349,224 pessoas). O estado do Ceará, cujos migrantes residentes no Amazonas correspondiam ao terceiro maior grupo de migrantes em 2010, com 0,87% da população residente, passou a 0,66% da população residente ,em 2022, ficando como o quinto estado com o maior número de migrantes no Amazonas. Em 2022, as Unidades da Federação com os menores números de migrantes residentes no estado foram Sergipe, com 450 (0,01%); Alagoas, com 1.086 (0,03%) e Tocantins, com 1.356 (0,03%).
A maior parte dos migrantes no Amazonas concentravam-se na capital. Em Manaus, das 2 milhões de pessoas residentes, 6,28% eram do Pará, totalizando 126 mil pessoas. Em seguida, os maiores grupos de imigrantes na capital eram do Maranhão, com 1,1% (22.294 pessoas) e Ceará, com 1,04% (20.932 pessoas). Os estados com menor número de imigrantes residentes em Manaus foram Sergipe, com 0,02% (317 pessoas); Espírito Santo, com 0,03% (571 pessoas) e Alagoas, com 0,04% (752 pessoas).
Por outro lado, em 2022, havia 268.813 emigrantes do Amazonas residindo em outras Unidades da Federação, um aumento considerável de 48,6% em relação ao ano de 2010, quando eram 180.857 emigrantes amazonenses. Os estados onde foi identificado o maior número de amazonenses residentes ,em 2022, foram estados que faziam fronteira com o Amazonas: Pará, Rondônia, Roraima e Acre. Juntos, o número de emigrantes do Amazonas ,nos quatro estados, correspondia a 51% do total de amazonenses emigrantes em outas Unidades da Federação. No Pará, havia 44.223 amazonenses residentes, o que equivalia a 0,55% da população local; em Rondônia havia 35.991, o equivalente a 2,29% da população; em Roraima havia 29.223, totalizando 5,27% da população; e no Acre eram 27.847 amazonenses, totalizando 3,37% da população local. Já as Unidades da Federação onde havia o menor número de amazonenses emigrantes foram Alagoas, com 583; Tocantins, com 840 e Sergipe, com 893 emigrantes.
Considerando apenas aqueles que migraram no quinquênio ,de 2017 a 2022, o Amazonas possui um saldo migratório de -46.358 pessoas, ou seja, um total de 45.789 pessoas migraram para o Amazonas, enquanto 92.147 amazonenses migraram para outras Unidades da Federação, o que deixa o estado com a taxa líquida migratória de -1,17%, que é o quociente entre o saldo migratório e a população do período.
O número de imigrantes internacionais residentes no Amazonas aumentou 488% entre 2010 e 2022
O Censo Demográfico 2022 revelou que ,no Amazonas, havia 57.549 pessoas residentes que nasceram em países estrangeiros, sendo 51.174 estrangeiros e 5.492 naturalizados brasileiros. O número representa um aumento de 488% do total de residentes de origem estrangeira no Amazonas ,em 2010, quando eram 9.777. Do total de residentes do Amazonas ,nascidos em países estrangeiros, em 2022, residiam em Manaus 41.489 estrangeiros e 3.202 naturalizados brasileiros. Com isso, os estrangeiros se tornaram o segundo maior contingente de pessoas que moram no Amazonas, mas não nasceram no estado, atrás apenas dos paraenses.
Dos 51.174 estrangeiros que residiam no Amazonas em 2022, 76,5% fixaram residência no estado entre 2018 e 2022, totalizando 39.122 pessoas. Outros 11,9% , ou ainda 6.124 pessoas, fixaram residência em data até 2012. Entre os naturalizados brasileiros, 50,3% fixaram residência entre 2018 e 2022, totalizando 2.761 pessoas, enquanto 40,7% fixaram residência em data até 2022, totalizando 2.238 pessoas. Os países de origem mais frequentes desses fluxos internacionais foram Venezuela, Colômbia e Peru.
Entre os estrangeiros residentes, as faixas etárias que prevaleceram foram as de 25 a 29 anos, com 12% dos estrangeiros (6.171 pessoas); de 20 a 24 anos, com 11,55% (5.967 pessoas) e de 30 a 34 anos, com 11% (5.649 pessoas). O cenário representa uma mudança em relação a 2010, quando as faixas etárias que prevaleciam eram de 20 a 24 anos (11,35%) e de 45 a 29 anos (10,7%). Entre os estrangeiros naturalizados brasileiros, as faixas etárias prevalentes entre os que residiam no Amazonas estavam as de 45 a 49 anos, com 10,89% dos naturalizados (598 pessoas); de 40 a 44 anos, com 10,43% (573 pessoas); e de 25 a 29 anos, com 10,25% dos naturalizados (563 pessoas). Em 2010, as faixas predominantes entre os estrangeiros naturalizados foram as de 45 a 49 anos (11,97%) e de 60 a 64 anos (9,29%). A faixa etária com menor número de pessoas estrangeiras e naturalizados brasileiros, residindo no estado, foram as faixas etárias de 75 a 79 anos, com 268 pessoas e 108 pessoas, respectivamente. Destes, residiam na capital 216 estrangeiros e 44 pessoas naturalizadas brasileiras.
Mais sobre a pesquisa
O levantamento aprofunda a caracterização da população brasileira, através das informações coletadas no bloco de quesitos relativos aos temas Fecundidade e Migração, do Questionário da Amostra do Censo Demográfico 2022.
Os dados de Fecundidade estão desagregados por cor ou raça, nível de instrução, grupos de idade e religião das mulheres, para Brasil e Unidades da Federação. Já os dados de migração estão detalhados por local de nascimento, de residência anterior e tempo de moradia no município, além de informações da imigração internacional, para os recortes Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios.
*Com informações da assessoria (HM)
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