quinta-feira, junho 26, 2025
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Ladainha do Boi Garantido emociona Parintins e celebra tradição no Dia de São João

Foto: Divulgação

A tradicional Ladainha do Boi Garantido tomou conta das ruas de Parintins, no Amazonas, durante a terça-feira (24). O evento, realizado sempre no Dia de São João, une fé, memória e cultura, e marca o aniversário do boi-bumbá vermelho e branco.

A celebração cumpre a promessa feita por Lindolfo Monteverde, criador do Garantido, que jurou homenagear São João com a saída anual do boi caso fosse curado de uma doença. Desde então, a promessa é renovada a cada ano.

Tradição viva nas ruas da Baixa do São José

O Boi Garantido saiu da Baixa do São José, sendo recebido com casas decoradas, fogueiras acesas e muita emoção. Moradores preparam o bairro para o cortejo, reforçando os laços da comunidade com o boi.

“Eu me sinto feliz, não tem felicidade maior do que a minha. […] Esse é meu destino, minha vida. E vivo muito bem!”, declarou Maria Monteverde, filha de Lindolfo, que conduziu a ladainha aos 87 anos.

Homenagens e história no Museu Vivo da Baixa

A programação começou com a inauguração do Museu Vivo da Baixa. O local homenageia antigos brincantes e ícones do boi, e exibiu o documentário Símbolos de Resistência da Baixa da Xanda.

Para Fred Góes, presidente do Garantido, manter a ladainha é preservar a história viva da agremiação.

“Essa memória é muito importante, não apenas por ser uma lembrança, mas por tudo o que ele deixou, pelo legado construído enquanto esteve entre nós. Esse momento é um mergulho na nossa memória, na memória histórica do nosso boi. Dona Maria representa isso. A fala dela, por si só, já é história viva. A tradição não é algo estático; ela caminha conosco desde a infância até a vida adulta”, afirmou.

Emoção e memória afetiva da comunidade

Foto: Divulgação

Moradores relatam que a ladainha desperta sentimentos únicos. Luciane Ribeiro Lima lembra da infância e da emoção de ver o boi passar em frente à sua casa.

“É uma comemoração que emociona. Quando o boi passa aqui na frente de casa, a gente sai atrás, acompanhando”, disse.

O sogro de Luciane, já falecido, foi um dos homenageados no museu por sua dedicação ao boi.

A força das cores vermelho e branco

Alda Ribeiro, moradora há 60 anos da Baixa, destacou a evolução da tradição.

“A gente chora por um boi de pano, grita, vibra. É espetacular”, contou emocionada.

Ela reforça a importância de manter viva a tradição com os trajes e decorações em vermelho e branco.

“Os amigos colaboram com os enfeites. E os looks, claro, sempre vermelho e branco. Faz parte da nossa tradição.”

(*) Com informações da assessoria

Leia mais: Boi Garantido intensifica ensaios rumo ao título de 2025

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