Quatro propostas de lei apresentadas na Câmara dos Deputados reacenderam a discussão sobre os chamados “bebês reborn”, como-doentes-os-pais-que-cuidam-de-bebes-reborn/” title=”Vereador de Manaus classifica … 'doentes' os pais que cuidam de …”>bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos. Os projetos, protocolados nos dias 15 e 16 de maio de 2025, visam restringir o uso desses bonecos em serviços públicos e coibir práticas consideradas abusivas, como o atendimento em unidades de saúde e a solicitação de benefícios sociais destinados a crianças.
A mobilização no Congresso surge após relatos nas redes sociais sobre pessoas utilizando esses bonecos em filas preferenciais, consultórios médicos e até para pleitear benefícios como o Bolsa Família. A repercussão gerou reações entre parlamentares federais e municipais.
Entre as propostas está o PL 2323/2025, da deputada Rosangela Moro (UNIÃO/SP), que sugere diretrizes para acolhimento psicossocial de indivíduos que desenvolvem vínculos afetivos intensos com objetos representativos humanos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa proposta busca abordar a questão sob uma perspectiva voltada à saúde mental.
Por outro lado, o PL 2326/2025, apresentado pelo Delegado Paulo Bilynskyj (PL/SP), visa proibir atendimentos a bonecos hiper-realistas em unidades públicas e privadas. O objetivo é evitar que recursos destinados ao cuidado humano sejam utilizados para simulações.
Além disso, o PL 2346/2025 do deputado Zé Trovão (PL/SC) também propõe proibições semelhantes quanto ao uso dos serviços públicos por bebês reborn. Já o PL 2320/2025 do Dr. Zacharias Calil (UNIÃO/GO) estabelece sanções administrativas para quem utilizar esses bonecos na obtenção de benefícios voltados a crianças pequenas.
O debate não se limita ao âmbito federal; ele chegou à Câmara Municipal de Manaus.Na última segunda-feira (19), durante uma sessão legislativa, o vereador Mitoso (MDB) fez críticas contundentes à prática. Ele descreveu como “doentes” aqueles que defendem cuidar dos bonecos como se fossem filhos reais.
Mitoso enfatizou: “Quero chamar atenção da frente parlamentar cristã porque isso vai contra os princípios divinos. A família é fundamental; quando ela é destruída, toda sociedade sofre as consequências.” O vereador direcionou suas críticas especialmente aos internautas que sugeriram incluir bebês reborn nas políticas públicas voltadas às crianças reais.
A crescente presença desses bonecos em espaços públicos tem alimentado debates acalorados nas redes sociais. Enquanto alguns argumentam sobre seu valor terapêutico ou afetivo, outros veem essa prática como um exagero capaz de comprometer políticas públicas essenciais e distorcer conceitos familiares tradicionais.Com os projetos já tramitando no Congresso Nacional, espera-se que essa discussão ganhe ainda mais destaque nos próximos encontros legislativos.
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