A taxa de desocupação no Amazonas atingiu 10,1% no primeiro trimestre de 2025, conforme dados da PNAD Contínua Trimestral divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (16). Esse índice representa um aumento em relação ao trimestre anterior, que registrou 8,3%, e também em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a taxa era de 9,8%. Apesar do leve crescimento na ocupação (55,7%) e na participação da força de trabalho (61,9%), que indica uma maior presença da população no mercado laboral, o desemprego continua a ser um desafio.
O número total de pessoas empregadas subiu para 1.843 milhão neste primeiro trimestre de 2025, um crescimento em relação aos 1.741 milhão registrados no mesmo período do ano anterior. No entanto, o total de desocupados aumentou para 206 mil pessoas — uma elevação significativa frente aos 189 mil do ano passado — refletindo as dificuldades enfrentadas na absorção da mão-de-obra.
Embora o cenário geral seja preocupante com o aumento das taxas de desemprego, alguns indicadores mostram avanços. O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu consideravelmente: passou de 442 mil para 482 mil. Além disso, houve um incremento no rendimento médio mensal real que subiu R$64 em comparação ao ano anterior e a massa salarial aumentou R$368 milhões durante esse período.
Entretanto, a informalidade permanece alta: atualmente cerca de 53% dos trabalhadores estão nessa condição — uma das maiores taxas do Brasil. O Amazonas conta com aproximadamente 982 mil trabalhadores informais e ocupa a segunda posição na região Norte nesse aspecto.
No que diz respeito aos setores econômicos mais afetados pela situação atual:
- A indústria se destacou positivamente com um aumento significativo nos postos ocupacionais: saltou de 196 mil para 237 mil.
- Comércio e construção civil também apresentaram crescimento.
- Por outro lado, os setores agrícola e serviços relacionados à alimentação mostraram queda ou estabilidade nas contratações.
Adicionalmente:
- O número total de empregadores formalizados caiu para 31 mil, enquanto aqueles sem CNPJ aumentaram significativamente.
- Os trabalhadores autônomos sem registro ainda são predominantes entre os ocupados; embora tenha havido uma leve redução nos últimos meses.
Dentre os principais destaques dessa pesquisa estão:
• A taxa geral subiu 1.7 pontos percentuais comparado ao último trimestre;
• Um acréscimo na força laboral foi observado com mais 119 mil pessoas buscando emprego;
• A quantidade dos empregados domésticos formalizados caiu drasticamente;
• O setor agrícola perdeu cerca de 34 mil postos durante este intervalo;
• Em contrapartida à indústria geral que ganhou aproximadamente 41 novos empregos;
Esses dados revelam um panorama complexo: enquanto alguns segmentos demonstram sinais positivos como recuperação e formalização crescente dos empregos disponíveis; por outro lado o aumento contínuo do desemprego aliado à elevada informalidade expõe as dificuldades estruturais persistentes dentro do mercado trabalhista local.
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