A Reforma Tributária continua a ser um tema central nas discussões no Amazonas, especialmente em relação aos impactos que pode ter sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM). Nos últimos dias, economistas e especialistas têm analisado as implicações dessa nova legislação, que promete alterar significativamente o sistema tributário nacional e afetar diretamente os incentivos fiscais da ZFM, amazonas-marca-o-fim-do-defeso/” title=”Liberação da Pesca de Oito Espécies no … Marca o Fim do Defeso”>fundamental para o desenvolvimento regional da Amazônia Ocidental.
Recentemente, as discussões sobre a reforma foram levadas aos cursos de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade Nilton Lins em Manaus. Essa iniciativa é fruto de uma parceria com o Conselho Regional de Economia do Amazonas e Roraima (Corecon-AM/RR), visando expandir o debate para outras instituições de ensino superior.
A presidenta do Corecon, Michele Aracaty, enfatizou a importância desse diálogo nas universidades para preparar os futuros profissionais que atuarão na economia local. Ela destacou: “O Conselho de Economia está levando esse debate para os estudantes. Uma pauta nacional que impacta diretamente na vida da nossa população. Entender como essa mudança afeta a Zona Franca é fundamental.”
Michele também ressaltou a necessidade de considerar as realidades dos municípios do interior do Amazonas, especialmente aqueles não beneficiados pelo modelo da ZFM. “Não existe nenhum modelo perfeito; cabe à sociedade buscar formas de mitigar essas imperfeições”, completou.
durante uma mesa redonda intitulada “A Reforma Tributária e os desafios para a Zona Franca de Manaus”, Ana Maria de Souza, ex-superintendente interina da Suframa, instigou os alunos a refletirem sobre o verdadeiro significado da Zona Franca. Ela afirmou: “Quem dominar nos próximos anos o conceito da Zona Franca terá emprego garantido por muitos anos.” Ana Maria explicou que esta é uma das maiores mudanças tributárias desde 1965 e que sua implementação se estenderá até 2078.
Ela tranquilizou quanto à permanência das empresas na ZFM: “Nosso modelo econômico está preservado com as marcas conhecidas como Honda e Samsung permanecendo aqui.” Contudo, ela expressou confiança na necessidade dessa reforma tributária.
Emerson Queirós, presidente do Sindicato dos Fazendários do Amazonas (Sifam), apontou que ainda há desafios pela frente enquanto a reforma está sendo construída. Ele alertou sobre questões relacionadas ao IPI: “Temos um modelo econômico exitoso com a ZFM; no entanto, precisamos criar mecanismos para incluir novos produtos nos incentivos fiscais.”
Queirós acredita que se bem conduzida, essa reforma poderá trazer segurança jurídica e crescimento econômico significativo ao estado.Ele citou estudos indicando que se essa mudança tivesse ocorrido há 15 anos atrás poderíamos estar com um PIB 10% maior hoje.
Um novo encontro focando nos impactos dessa reforma já tem data marcada: no dia 2 de junho ocorrerá outra mesa redonda na Faculdade de Estudos Sociais (FES) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Este evento contará com palestrantes renomados como Farid Mendonça e Juarez Baldoíno.
Acompanhe as atualizações desta matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do Amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!