Uma discussão acalorada tomou conta do plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta segunda-feira, 14, após o vereador Rodrigo Guedes (PP) cobrar o recapeamento de um buraco na rua onde reside a mãe do vereador Pai Amado (Avante). A situação se intensificou quando Pai Amado chamou Guedes de “criminoso”.
O vereador Pai amado criticou a postura do colega Rodrigo Guedes, que publicou um vídeo nas redes sociais no fim de semana. Na gravação,Guedes denuncia uma cratera localizada no bairro Japiim,precisamente na rua onde mora sua mãe,uma idosa de 87 anos.
“Ele veio aqui na rua que eu nasci e me criei. Não sou contra o trabalho do parlamentar em denunciar e fazer seu papel. Mas ele expôs a casa da minha mãe. Minha mãe é uma senhora de 86 anos e inclusive passou mal”, explicou Pai amado.
O parlamentar justificou que até aquele momento nenhum morador havia solicitado oficialmente o serviço. Ele destacou que a situação persiste há cerca de oito meses, mas ressaltou que está no cargo há apenas três.
“Ainda estamos conversando com nosso corpo jurídico para ver quais providências podem ser tomadas. A comissão do idoso já me procurou e posso afirmar que 80 dos nossos pares na Câmara já se solidarizaram comigo”, disse ele.
Em resposta às críticas, rodrigo Guedes afirmou estar sendo alvo de tentativas de intimidação e possíveis investidas para cassar seu mandato. “O vídeo fala por si só; não precisa nem interpretação: ali naquela rua mora a família do vereador Pai Amado. Eu pedi ajuda porque quero melhorias para aquela via”, declarou Guedes.
Segundo ele, sua intenção não foi ofender ninguém, mas sim solicitar apoio ao colega para interceder junto à base governista em busca das melhorias necessárias para os moradores da região.
“Estão tentando encontrar motivos para me caçar ou intimidar; isso não vai acontecer. Não ataquei ninguém; apenas mencionei um fato objetivo: é preciso resolver essa questão”, completou o vereador.
Gilmar Nascimento (Avante), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e redação (CCJR) da CMM, avaliou que qualquer parlamentar ofendido pode acionar os mecanismos internos da Casa Legislativa em busca das providências cabíveis.“Se alguém se sentir prejudicado por declarações feitas durante as sessões deve detalhar os fatos à Comissão de Ética ou à presidência da Câmara”, concluiu Nascimento.
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