O Projeto Providence, desenvolvido por pesquisadores do Instituto Mamirauá em parceria com a universidade Politécnica da Catalunha, é um dos seis finalistas da premiação internacional XPRIZE Rainforest Florestas Tropicais. Representando exclusivamente o Amazonas, essa iniciativa tecnológica utiliza inteligência artificial para monitorar a biodiversidade da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, tornando-a a primeira área protegida do mundo totalmente acompanhada por esse tipo de sistema. A fase final da competição ocorre em julho no interior do Amazonas,com resultados previstos para agosto.
Projeto Providence e sua tecnologia inovadora
O Projeto Providence, também conhecido como Sistema de Monitoramento da Biodiversidade e Vigilância Territorial da Amazônia, é uma solução tecnológica que integra sensores inteligentes e drones para mapear rapidamente a biodiversidade amazônica e de outros biomas. Essa ferramenta permite identificar espécies em tempo real e enviar dados remotamente com agilidade, facilitando tanto o acompanhamento ambiental quanto as ações de fiscalização.
Monitoramento em tempo real na RDS Mamirauá
Com o uso dessa tecnologia avançada, a Reserva de Desenvolvimento sustentável Mamirauá tornou-se pioneira ao ser completamente monitorada por inteligência artificial. Segundo Emiliano Ramalho, diretor técnico-científico do Instituto Mamirauá, estar entre os finalistas do XPRIZE representa o ápice de mais de dez anos dedicados ao desenvolvimento dessa solução inovadora. Ele destaca ainda que o objetivo é expandir essa tecnologia para toda a Amazônia e futuramente adaptá-la para outros biomas brasileiros.
Competição XPRIZE Rainforest: desafios e etapas finais
A competição internacional promovida pela entidade XPRIZE em parceria com a Alana Foundation reúne cientistas, engenheiros e especialistas globais desde 2019. Com mais de 300 equipes participantes inicialmente,apenas seis foram selecionadas como finalistas neste ano.
Testes no interior do Amazonas
durante julho serão realizados testes práticos nas comunidades amazônicas onde as equipes deverão mapear 100 hectares em até 24 horas e apresentar os dados coletados dentro das próximas 48 horas. Essa etapa visa comprovar não só a eficiência das tecnologias desenvolvidas como também sua aplicabilidade direta na conservação das florestas tropicais.
Cerimônia oficial no Teatro Amazonas
A abertura oficial desta fase contou com um evento realizado no Teatro Amazonas que reuniu representantes das equipes finalistas junto aos parceiros financeiros da premiação. O encontro teve ainda apresentações culturais especiais envolvendo artistas locais como Maria Gadú e Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA), reforçando o valor cultural aliado à inovação científica na região.
Impactos locais e perspectivas futuras
Além dos avanços tecnológicos proporcionados pelo projeto Providence na proteção ambiental local, vale destacar que o estado do Amazonas foi pioneiro ao adotar softwares inteligentes voltados ao monitoramento contínuo da biodiversidade regional – uma iniciativa alinhada às demandas atuais por sustentabilidade diante das mudanças climáticas globais.
Próximos passos após os resultados
Independentemente dos resultados oficiais esperados para agosto deste ano pelo diretor Emiliano Ramalho ressaltou que os próximos desafios envolvem ampliar significativamente essa tecnologia tanto territorialmente quanto funcionalmente dentro dos processos ambientais brasileiros.
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