O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) emitiu, nesta segunda-feira (12), um alerta direcionado aos municípios do Amazonas afetados pela fumaça proveniente das queimadas durante o período de seca. A situação preocupa especialmente por conta da qualidade do ar insalubre registrada em Manaus e outras cidades,que pode agravar problemas respiratórios e comprometer a saúde da população mais vulnerável.
Qualidade do ar e riscos à saúde
Segundo dados da plataforma IQAir, que monitora o Índice de Qualidade do Ar (AQI) em tempo real, Manaus apresenta atualmente uma qualidade do ar classificada como insalubre para grupos sensíveis. O alerta está no nível laranja, quarto mais grave numa escala de seis níveis, indicando risco aumentado de desconforto respiratório para crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares ou cardíacas. Essa avaliação considera a concentração dos oito principais poluentes atmosféricos.
A nutricionista e consultora do Unicef em Manaus nas áreas de emergência, saúde e nutrição, Neideana Ribeiro, reforça a necessidade de cuidados redobrados com as crianças nessas condições. ela recomenda evitar exposição ao ar livre até que haja melhora na qualidade do ar para garantir segurança às atividades externas das crianças.
Cuidados recomendados pela Unicef
Neideana Ribeiro destaca ainda outras medidas importantes: aumentar a hidratação das crianças e utilizar máscaras nos momentos em que for inevitável sair ao ambiente externo com maior concentração de fumaça.Para pessoas com doenças respiratórias crônicas como asma, é fundamental manter os medicamentos prescritos sempre à mão para controle dos sintomas conforme orientação médica.
Situação emergencial no Amazonas
Com o início da estiagem na região amazônica e alertas emitidos pela Defesa Civil sobre os baixos níveis hídricos na Bacia do Amazonas,o governo estadual decretou situação de emergência em Manaus e outros 22 municípios. Além disso, foi proibida a prática de atear fogo – mesmo utilizando técnicas controladas – nas cidades listadas entre elas Apuí; Novo aripuanã; Manicoré; Humaitá; Lábrea; Boca do Acre; Tapauá; Maués; Iranduba; Novo Airão entre outras.
Desde agosto foram registrados pouco mais de 3 mil focos ativos no estado segundo dados oficiais do Programa Queimadas vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os municípios mais afetados são Apuí, Novo Aripuanã e Lábrea.
Resposta oficial
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas ligada à Secretaria Estadual da Saúde foi procurada pela reportagem Agência Brasil mas não respondeu até o fechamento desta matéria.
Conclusão
Diante desse cenário preocupante envolvendo queimadas intensas associadas à baixa qualidade ambiental na capital amazonense e demais cidades impactadas pelas queimadas recentes é essencial seguir as orientações sanitárias indicadas pelo Unicef para proteger principalmente os grupos mais vulneráveis como crianças e idosos. Evitar exposição desnecessária ao ar poluído pode minimizar complicações respiratórias graves neste período crítico.
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