O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta segunda-feira (10) uma resolução proposta pelos Estados Unidos que estabelece um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A votação contou com 14 votos favoráveis e uma abstenção da Rússia. O documento foi concluído no domingo (9), após seis dias de intensas negociações entre os membros do órgão.
Aprovação da resolução e posicionamento dos países
A resolução aprovada acolhe o plano de cessar-fogo apresentado pelo presidente Joe Biden em 31 de maio, que prevê três fases para a interrupção dos combates. Embora alguns integrantes do Conselho tenham questionado se Israel havia concordado formalmente com o plano, o texto afirma que Israel aceitou a proposta e convoca o Hamas a fazer o mesmo, além de exigir que ambas as partes cumpram integralmente os termos sem atrasos ou condições.
Antes da votação, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, destacou: ”Estamos esperando que o Hamas concorde com o acordo de cessar-fogo que ele diz querer”.Ela também ressaltou a urgência da situação ao afirmar que “a cada dia que passa, o sofrimento desnecessário continua”.
Detalhes sobre as negociações
A resolução especifica ainda que caso as negociações para implementar a primeira fase ultrapassem seis semanas, o cessar-fogo deverá permanecer vigente enquanto as conversas continuarem. essa medida visa garantir um ambiente estável para avançar nas discussões sem retorno imediato aos confrontos.
Contexto do conflito e demandas internacionais
Desde março deste ano, o Conselho já havia exigido um cessar-fogo imediato e solicitado a libertação incondicional dos reféns mantidos pelo Hamas. Nos últimos meses, negociadores dos Estados Unidos, Egito e Catar têm atuado como mediadores para tentar viabilizar essa trégua.
O Hamas reivindica um fim permanente à guerra na Faixa de Gaza e exige a retirada das forças israelenses do território palestino onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas. Por sua vez, Israel mantém ofensivas contra grupos ligados ao Hamas desde outubro passado.
Impactos humanitários recentes
O conflito teve início após ataques realizados pelo Hamas em 7 de outubro deste ano.Na ocasião foram mortos mais de 1.200 israelenses e mais de 250 pessoas foram feitas reféns pelo grupo palestino – estima-se atualmente mais de cem detidos em Gaza.
Em resposta aos ataques iniciais do Hamas contra seu território governado por Israel desde então lançou operações aéreas terrestres e marítimas no enclave palestino causando mais de 36 mil mortes segundo dados das autoridades locais.
Desdobramentos políticos regionais
Além das ações diretas no terreno militarizado entre Israel e Palestina há repercussões políticas importantes envolvendo outros países da região bem como organismos internacionais cobrando medidas efetivas para conter os conflitos armados prolongados naquela área sensível do Oriente Médio.
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