quarta-feira, dezembro 24, 2025
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Criança é reanimada após 70 minutos de parada cardíaca em Brasília

Equipe do Hospital de Base de Brasília consegue reanimar lara Sousa após ⁤parada ‍cardíaca

No Distrito Federal, a brasiliense Lara⁢ Sousa, de 10 anos, foi submetida⁣ a 70 minutos intensos de manobras de ressuscitação no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) até que seu coração⁣ voltasse a bater no‌ dia 9 de junho. O caso é raro, já que geralmente não há sobreviventes após 50 minutos‍ sem pulso. Lara sofreu um infarto enquanto brincava em uma​ piscina ⁢em planaltina e teve parada cardíaca seguida por afogamento.

Resgate e primeiros ⁤socorros na festa

Durante uma comemoração próxima ‌à piscina‍ onde Lara brincava com sua irmã Clara,uma técnica ⁣de enfermagem presente tentou realizar ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e respiração boca a boca. No entanto, devido à mandíbula travada‌ da menina e à água nos pulmões, as ⁤tentativas iniciais foram dificultadas. O Corpo de Bombeiros foi acionado pelos presentes, mas também não conseguiu reanimar Lara no local.

Transporte emergencial para o HBDF

Lara foi ​levada ao⁤ Hospital Regional de Planaltina onde ‌os médicos ⁢identificaram‍ a necessidade urgente⁢ da UTI. ​Como não havia leito disponível ⁢na unidade local, ela foi transferida‌ rapidamente para⁢ o HBDF em‌ ambulância acompanhada pela mãe no banco da frente. Ao chegar ao hospital ‍especializado​ em Brasília, os profissionais iniciaram imediatamente⁤ o uso do desfibrilador ⁤para tentar restabelecer os batimentos cardíacos.Manobras prolongadas​ salvam vida da criança

os médicos mantiveram as manobras por cerca de‌ 70 minutos até que ​o coração voltou a pulsar – um feito considerado emocionante pelo cardiologista Edvagner Carvalho, especialista em estimulação cardíaca do HBDF envolvido na reanimação. ⁣Em seguida foram retirados os líquidos dos pulmões com drenos e ⁤Lara permaneceu entubada⁣ por cinco dias enquanto aguardavam ‌avaliação dos danos causados pela parada cardíaca.

Diagnóstico revelador: arritmia desconhecida

Após exames detalhados durante a internação prolongada no HBDF, descobriu-se que Lara​ possuía uma arritmia cardíaca nunca antes diagnosticada – condição que compromete⁣ o funcionamento normal⁣ do coração e aumenta risco para paradas súbitas. Embora essa alteração geralmente​ esteja ligada a problemas estruturais musculares do órgão, ainda não ⁤se​ sabe exatamente qual é‍ o problema específico dela.

Cirurgia inédita marca recuperação da paciente

Apesar das dificuldades iniciais ⁣e prognóstico reservado, Lara teve alta​ hospitalar ⁤quase sem sequelas após quase um mês internada. Antes disso passou por cirurgia pioneira na rede pública do DF: recebeu um cardiodesfibrilador implantável ‍(CDI), equipamento semelhante ao marcapasso porém capaz também aplicar ⁢choques elétricos ⁣quando detecta ritmos anormais perigosos para restaurar batimentos regulares.

Cuidados contínuos garantem qualidade de vida

A ‌nova rotina inclui uso permanente dos medicamentos prescritos pelos médicos além da recomendação rigorosa⁢ para evitar esforços físicos intensos.⁤ A mãe relata que apesar das‌ dificuldades⁤ emocionais enfrentadas pela filha – medo das pessoas tocarem nela e necessidade constante ⁣aprendizado sobre seu ‌tratamento – elas estão se adaptando⁣ gradualmente à nova realidade imposta⁤ pelo diagnóstico.

Conclusão

O caso⁢ impressionante mostra como equipes médicas especializadas⁤ podem⁣ fazer diferença decisiva mesmo diante das adversidades mais graves​ como paradas cardiorrespiratórias prolongadas em crianças pequenas. A história reforça⁤ ainda importância dos primeiros⁤ socorros imediatos aliados‍ ao atendimento hospitalar avançado oferecido pelo Hospital de Base do Distrito Federal.

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