Sete pessoas foram condenadas pela Justiça do Amazonas na última terça-feira (16) por envolvimento em crimes de tráfico interestadual de drogas, lavagem de capitais e organização criminosa. A ação penal decorreu da Operação “Véu de Areia”, resultado da investigação conjunta entre o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP/AM), por meio do Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Civil do estado (PC/AM).As penas aplicadas variam entre quatro e 28 anos de prisão, sendo a maior delas destinada a Rubens Carvalho de Almeida, amazonas-golpe-de-terrenos-falsos-em-manaus-ja-deixa-19-vitimas/” title=”Notícias do … – Golpe de terrenos falsos em Manaus já deixa 19 vítimas”>apontado como líder da quadrilha.
Condenações e Prisões
Rubens Carvalho de Almeida recebeu uma pena de 28 anos em regime fechado por comandar a organização criminosa responsável pelo transporte interestadual de drogas. A juíza Rosália Guimarães Sarmento manteve sua prisão preventiva para garantir a ordem pública, destacando o risco da continuidade das atividades ilícitas caso ele tenha direito ao recurso em liberdade.Além dele, foram condenados:
- Ingrid Vital de Almeida, esposa de Rubens, sentenciada a 13 anos em regime fechado pelos crimes de lavagem ou ocultação bens, direitos e valores e participação na organização criminosa. Ela poderá recorrer em liberdade.
- Rômulo Lima Ferreira, irmão do líder, condenado a 11 anos e oito meses por envolvimento com lavagem/ocultação patrimonial e organização criminosa; também pode recorrer solto.
- Leandro da Silva Malizia recebeu pena de 11 anos e dois meses.
- Paula Eduarda Rocha Andrade foi sentenciada a 10 anos.
Ambos responderam ao processo sem prisão preventiva.Já José Félix de Jesus Filho e Daniel Carvalho da Silveira cumprirão quatro anos e seis meses no regime semiaberto apenas pela participação operacional na quadrilha.
Foi instaurado incidente relativo à insanidade mental para Manoel Antônio Vital – sogro do chefe da organização – suspendendo os autos referentes ao seu caso.
Os bens apreendidos dos condenados foram declarados perdidos em favor da União. Por outro lado, três empresários ligados comercialmente aos investigados – guildo Saturnino Uchôa, Wandemberg da silva Uchôa e Gutemberg da Silva Uchôa – foram absolvidos após decisão judicial que considerou não haver provas suficientes sobre envolvimento deles nas atividades criminosas.
Detalhes das Investigações
A apuração teve início com a Operação Carga Viva – Fase II, focada no combate à lavagem dinheiro. O MP/AM revelou que Rubens utilizava empresas fictícias (“laranjas”) para ocultar recursos provenientes do tráfico interestadual principalmente envolvendo maconha “skunk”.As remessas eram enviadas principalmente para estados como Rio Grande do Norte e pará.
Ingrid Vital era responsável pela gestão financeira das contas usadas para disfarçar as origens ilícitas dos valores movimentados. Outros integrantes atuavam no recebimento dos recursos ilegais, ocultação patrimonial ou apoio logístico às operações criminosas.
Durante as investigações foram identificados milhares depósitos fracionados realizados com o objetivo claro evitar alertas aos órgãos reguladores financeiros como o Coaf. Estima-se que mais R$ 6,8 milhões tenham sido movimentados nesse esquema durante menos um ano misturando dinheiro lícito com ilícito.A operação ganhou força após apreensão significativa: um caminhão boiadeiro foi interceptado em Macaíba (RN) transportando cerca 72 quilos maconha escondidos num fundo falso ligado à estrutura liderada por Rubens; pouco depois outro veículo registrado no nome Ingrid foi apreendido transportando uma tonelada dessa mesma droga na cidade Ipixuna (PA).
Desdobramentos Judiciais
O processo encontra-se atualmente na fase final onde as partes são intimadas sobre sentença definitiva proferida pelo juízo local.Cabe recurso contra essa decisão conforme previsto no ordenamento jurídico brasileiro.
Conclusão
As ações judiciais contra essa rede criminal representam avanço importante nas estratégias estaduais contra o tráfico interestadual drogas no Amazonas. A manutenção das prisões preventivas reforça compromisso institucional com segurança pública regional.Acompanhe as atualizações desta matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do Amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!
