O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (17), durante a última reunião ministerial de 2025 realizada na Granja do Torto, em Brasília, que o governo precisa consolidar uma narrativa correta para comunicar à população brasileira as transformações ocorridas nos últimos anos. Segundo ele, a polarização política tem dificultado a percepção do cenário favorável vivido pelo país, o que exige um alinhamento no discurso dos ministros diante das eleições de 2026.
Cenário político e percepção pública
Lula destacou que o Brasil atravessa um momento amplamente favorável, mas essa avaliação não se reflete com clareza nas pesquisas de opinião devido à forte polarização política. Para reverter esse quadro, ressaltou a importância de os ministros adotarem um discurso unificado e coerente.
Ano eleitoral como momento decisivo
“O ano eleitoral será o ano da verdade“, afirmou o presidente ao enfatizar a necessidade de esclarecer quem são os responsáveis pelas mudanças no país. Ele pediu que seja criada uma narrativa capaz de mostrar ”quem faz o quê”, comparando períodos anteriores ao atual governo com as ações implementadas desde sua posse. Lula citou avanços em áreas como economia e inclusão social para exemplificar essas transformações.
Comunicação das mudanças sociais
O presidente também reforçou que grande parte da população ainda não compreende plenamente as melhorias realizadas nos últimos anos. “Temos que fazer com que o povo saiba exatamente o que aconteceu neste país”, disse, reconhecendo dificuldades na construção dessa narrativa eficaz até agora.
Além disso, Lula declarou estar aberto à saída dos ministros interessados em disputar cargos eletivos ou buscar reeleição nas eleições gerais previstas para 2026 - quando serão escolhidos presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
Articulação política e agenda econômica
Durante a reunião ministerial, Lula ressaltou a capacidade do governo em articular politicamente propostas prioritárias no Congresso Nacional. Entre elas estão medidas como isenção do imposto de renda para determinados grupos e reforma tributária.
Momento econômico singular
Na avaliação do presidente, o Brasil vive um “momento ímpar” impulsionado pelo aumento da capacidade dos bancos públicos em investir e financiar projetos estratégicos. Ele defendeu ainda políticas voltadas ao estímulo econômico por meio da circulação direta de recursos na mão da população.
“Nós precisamos fazer muito mais porque pouco dinheiro na mão do povo resolve problemas complexos como industrialização, consumo agrícola e inflação”, explicou Lula ao destacar sua teoria sobre economia popular ativa.
inclusão social ampliada
O chefe do Executivo também mencionou ações focadas na população de baixa renda: “Acabamos com a invisibilidade desse povo pobre no país; antes só eram lembrados em época eleitoral”.
Participação dos ministros na reunião
Após as considerações iniciais feitas por Lula:
- O vice-presidente Geraldo Alckmin apresentou pontos sobre políticas industriais vigentes.
- O ministro da Casa Civil Rui Costa fez um balanço dos três primeiros anos deste governo.
- Estão previstas intervenções adicionais do ministro da Fazenda fernando haddad; secretário de Comunicação Social Sidônio Palmeira; e ministra das Relações Institucionais Gleisi Hoffmann.
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