O Festival Cultural Balaio da Oxum realiza sua 10ª edição na próxima segunda-feira (8), na Ponta Negra, em Manaus.O evento reúne povos tradicionais, lideranças indígenas e representantes de terreiros em uma celebração que une fé, cultura e defesa do meio ambiente. Com o tema “Águas de Retomada: naturezas sagradas, terras demarcadas“, o festival deve atrair milhares de participantes do Amazonas e de outras regiões do Brasil.
Festival Balaio da Oxum: fé e resistência cultural
O Balaio da Oxum é promovido anualmente em homenagem a oxum,orixá ligada à fertilidade,às águas doces e ao amor. A programação começa às 16h com concentração no estacionamento da Ponta Negra. Por volta das 17h, os participantes seguem em caminhada até a praia para um ato público contra a intolerância religiosa.
Xirê e oferendas sustentáveis
Na praia, ocorre o xirê – momento religioso com cânticos, tambores e danças ao ar livre dedicados a Oxum e outras divindades. As oferendas lançadas nas águas do Rio Negro são feitas exclusivamente com materiais biodegradáveis,reforçando o compromisso ambiental dos organizadores.
agonjaí Flor de Navê, presidenta da Associação Brasileira do balaio da Oxum (AbraOxum) destaca que “a união dos povos de axé permitiu chegar à décima edição”. Ela ressalta ainda a importância da luta pela valorização dos povos indígenas, quilombolas e das comunidades tradicionais envolvidas no evento.
Conexão ambiental: diálogo com a COP30
Este ano o festival enfatiza as questões ambientais relacionadas às águas sagradas e aos territórios tradicionais.O tema está alinhado às pautas discutidas na COP30 – como demarcação territorial indígena, preservação ambiental e reconhecimento das terras quilombolas.
Flor de navê afirma que “o Balaio da Oxum representa uma resposta ativa contra o racismo religioso”, além de combater “a destruição ambiental” e preservar as histórias desses povos por meio das tradições culturais.
Programação cultural diversificada na Ponta Negra
A partir das 19h começam os shows musicais gratuitos com artistas locais como Márcia siqueira,Mara Lima,Márcia Novo entre outros nomes importantes para a cultura regional. Também participam grupos tradicionais como os bois-bumbás Garantido e Caprichoso junto à Bateria Furiosa da reino Unido da Liberdade.
O festival se consolida como um importante espaço para resistência cultural aliada à mobilização socioambiental na Amazônia.
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