Regulamentados desde 1999 pela Lei 9.787, os medicamentos genéricos enfrentaram desafios para conquistar a confiança da população brasileira.Hoje, 25 anos depois, a 7ª edição da Pesquisa sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil 2024, realizada pelo Instituto Febraban de Pesquisa e Educação corporativa (IFEPEC), revela que nove em cada dez consumidores confiam nesse tipo de medicamento.A pesquisa ouviu quatro mil clientes em todo o país logo após saírem de drogarias.
Confiança e receios dos consumidores
Apesar do avanço na aceitação dos genéricos, ainda existem consumidores que demonstram certa desconfiança devido à regulamentação considerada recente. É o caso da técnica em enfermagem Rosenice do Carmo, que prefere medicamentos de marca por ter crescido sem os genéricos: “se tiver os dois, eu prefiro o de marca, mas sei que os genéricos também são bons”, afirma.
por outro lado, há quem valorize principalmente o custo-benefício dos genéricos. A eletricista Jane Braga destaca a economia proporcionada: “Eu sou uma das brasileiras que confia. Tem os mesmos efeitos dos outros remédios… se não fossem os genéricos, gastaria muito mais”, comenta ao citar o uso frequente pela mãe com diabetes.
Dúvidas sobre eficácia e preço
Mesmo com mais de duas décadas no mercado, dúvidas persistem quanto à eficácia dos medicamentos genéricos frente aos remédios de marca. O preço inferior pode ser interpretado erroneamente como sinal de baixa qualidade – uma percepção incorreta segundo especialistas.
Arthur Emídio, supervisor farmacêutico da rede Santo Remédio explica: “Os medicamentos genéricos passam por testes rigorosos que garantem sua equivalência terapêutica aos medicamentos originais.” ele ressalta ainda que ambos contêm os mesmos princípios ativos e oferecem igual efeito no tratamento das doenças.
Além disso, a diferença nos preços está relacionada principalmente à ausência dos custos envolvidos na criação da fórmula original e na construção da marca comercial. Outros fatores incluem menores despesas para as empresas porque utilizam fórmulas já existentes (medicamentos ’referência’) e não investem em propaganda devido à proibição do uso de marcas próprias nos genéricos.
Orientações importantes sobre prescrição e automedicação
É basic destacar que alguns medicamentos genéricos exigem receita médica para serem adquiridos. A substituição por um medicamento desse tipo deve ser sempre indicada por um profissional qualificado – médico ou farmacêutico – conforme orienta Arthur Emídio.
O especialista também alerta para os riscos associados à automedicação: segundo dados do Instituto ICTQ (Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico), cerca de 90% dos brasileiros já utilizaram remédios sem orientação médica adequada.
“Embora sejam seguros quando usados corretamente,” explica Emídio, “o uso indiscriminado pode mascarar sintomas ou agravar problemas existentes.” Por isso é essencial buscar sempre acompanhamento profissional mesmo diante das vantagens econômicas oferecidas pelos generics.
Conclusão
A pesquisa confirma um cenário positivo quanto à confiança nos medicamentos genéricos entre brasileiros; contudo permanece importante esclarecer dúvidas comuns sobre sua eficácia e segurança para ampliar ainda mais essa aceitação consciente. Para garantir saúde segura aliada ao melhor custo-benefício é indispensável seguir as recomendações médicas ou farmacêuticas antes do uso desses produtos.
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