quarta-feira, novembro 19, 2025
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Governador Wilson Lima apresenta planos estratégicos na COP30

Durante conferência em Belém, governador lança iniciativas que fortalecem a sustentabilidade e a transição ecológica no Amazonas

O governador Wilson Lima lançou, nesta terça-feira (11), durante a COP30, o Plano Estadual de Bioeconomia e a Política Estadual de Transição Energética (PETEN). As duas iniciativas marcam um novo ciclo de desenvolvimento sustentável do Amazonas.

O evento também incluiu a apresentação de portfólios da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que reúnem resultados de pesquisas e investimentos em inovação voltados à sustentabilidade e à adaptação às mudanças climáticas.

As entregas ocorreram na Green Zone do Pavilhão da Amazônia, com a presença de secretários de Estado, pesquisadores, representantes de comunidades tradicionais e autoridades internacionais. As ações reafirmam o protagonismo do Amazonas na agenda global da transição ecológica, integrando ciência, energia limpa e bioeconomia à estratégia de desenvolvimento regional.

Plano de Bioeconomia define diretrizes para as próximas décadas

Segundo o governador Wilson Lima, o Plano Estadual de Bioeconomia serve como guia para orientar as ações do Estado nas próximas décadas, resultado de um processo participativo com os municípios.

“Nós fizemos consultas em todos os municípios, nas principais comunidades, para que a gente pudesse fazer um plano integrado. Esse é o plano que vai nortear as ações do Estado a partir de agora para gerações futuras. É um guia daquilo que a gente vê como desenvolvimento sustentável e alinhado com os objetivos da ONU e das políticas mais modernas”, afirmou o governador.

O documento foi elaborado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), em um processo que envolveu os 62 municípios do Amazonas, além de pesquisadores, empreendedores e comunidades tradicionais.

O plano define metas e estratégias para uma economia de baixo carbono, inclusiva e baseada na sociobiodiversidade, promovendo o uso sustentável dos recursos da floresta e a valorização do conhecimento tradicional.

Estruturado em cinco eixos estratégicos, o plano conecta o modelo industrial da Zona Franca de Manaus à bioeconomia florestal, estimulando a inovação tecnológica, a diversificação produtiva e a certificação de produtos da sociobiodiversidade.

PETEN propõe transformação da matriz energética até 2030

A Política Estadual de Transição Energética (PETEN), desenvolvida pela Secretaria de Energia, Mineração e Gás (Semig), estabelece as bases legais para transformar a matriz energética do Amazonas. O objetivo é reduzir em até 50% o consumo de diesel nos sistemas isolados até 2030 e ampliar o uso de fontes renováveis.

O documento também traça metas para erradicar a pobreza energética, incentivar a geração distribuída e ampliar a inclusão social no acesso à energia.

A política foi construída a partir de audiências públicas realizadas na capital e no interior, que reuniram contribuições de universidades, comunidades, sociedade civil e representantes do setor produtivo.

O plano ainda prevê incentivos fiscais e creditícios para fontes renováveis e determina a implantação do Programa Estadual de Transição Energética em até 180 dias, com revisão anual e transparência pública dos resultados.

Inventário de Emissões orienta políticas de controle ambiental

Também durante a COP30, o governo apresentou o Inventário Preliminar de Emissões Atmosféricas do Estado, parte da Política Estadual de Emissões e Mudanças Climáticas.

O estudo traz um diagnóstico das emissões de gases como CO₂, CH₄ e N₂O, provenientes de fontes como desmatamento, agropecuária, resíduos, transporte e geração de energia. O levantamento servirá de base para políticas mais assertivas de controle e prevenção da poluição, reforçando o planejamento ambiental e a melhoria da qualidade de vida no Amazonas.

Fapeam apresenta R$ 900 milhões em investimentos em ciência e inovação

Na COP30, o Governo do Estado também lançou os portfólios da Fapeam, que apresentam resultados de R$ 900 milhões em investimentos realizados entre 2019 e 2025. Os recursos financiaram 20 mil projetos de pesquisa nas áreas de mudanças climáticas, biodiversidade, bioeconomia e inovação social.

Entre os materiais apresentados estão o Catálogo CTC/AM 2025 e o Inventário de ações e pesquisas sobre estiagem e eventos extremos, que mapeia as respostas do Amazonas a secas e impactos climáticos recentes.

As publicações destacam o papel estratégico da ciência na formulação de políticas públicas sustentáveis e na criação de soluções locais para a Amazônia. Com isso, a Fapeam reforça a integração entre pesquisa, inovação e gestão pública, consolidando o Amazonas como um dos estados que mais investem em ciência aplicada à transição ecológica.

Programa Amazonas 2030 unifica metas ambientais e climáticas

Todas as entregas integram o Programa Amazonas 2030, que reúne políticas de bioeconomia, energia, ciência e REDD+ com o objetivo de alcançar a neutralidade de carbono e o desmatamento líquido zero até 2030.

Na segunda-feira (10), o governador Wilson Lima também assinou o primeiro contrato de REDD+ em uma Unidade de Conservação Estadual, no Parque Estadual do Sucunduri, e formalizou a contratação da banca para o primeiro concurso da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), reforçando o compromisso do Estado com a governança ambiental e o fortalecimento institucional.

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