A jovem Juliana Leite Rangel,de 26 anos,foi baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal (24),em Duque de Caxias,região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo boletim médico divulgado no sábado (4) pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, onde ela está internada, Juliana apresenta melhora clínica progressiva e não há sinais de sequelas permanentes irreversíveis. Atualmente, ela respira sem auxílio de aparelhos, está lúcida e consegue interagir com o ambiente e as pessoas ao seu redor.
Evolução do quadro clínico
De acordo com o prf-clama-por-justica-apos-tragedia-natalina/” title=”Notícias do Amazonas – Jovem baleada pela … clama por justiça após tragédia natalina”>boletim médico divulgado pela direção do hospital em Duque de Caxias, Juliana passou por uma traqueostomia no dia 30 do mês passado – procedimento cirúrgico que cria uma abertura na traqueia para facilitar a respiração. Desde então, a paciente já começou a respirar espontaneamente e foi retirada do suporte da ventilação mecânica. A ventilação é utilizada apenas durante sessões específicas para fisioterapia respiratória.
Condições neurológicas
Na quinta-feira (2), a sedação foi completamente suspensa. desde então, Juliana tem apresentado evolução nas condições neurológicas: abre os olhos espontaneamente, interage bem com o ambiente e responde aos comandos recebidos.Ela mobiliza os quatro membros e mantém sensibilidade preservada. O boletim destaca que sua consciência vem progredindo sem novos déficits neurológicos aparentes.
Reabilitação psicomotora
O hospital informou que o processo de reabilitação psicomotora já foi iniciado e seguirá conforme a tolerância da paciente. Juliana permanece em terapia intensiva sob acompanhamento conjunto dos serviços de neurocirurgia e equipe multidisciplinar.
Detalhes sobre o caso
Juliana foi atingida por um disparo feito com fuzil dentro do carro da família enquanto trafegava pela Rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias.O pai dela dirigia o veículo no momento da abordagem policial realizada na noite da véspera de Natal. Ele afirmou que não havia motivo para tiros durante a abordagem policial; também sofreu um ferimento na mão esquerda mas recebeu alta ainda naquela noite. O carro transportava cinco pessoas e ficou perfurado por vários tiros.
Investigação oficial
O caso está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) junto ao Ministério Público Federal (MPF). O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, declarou que todos os casos envolvendo excessos cometidos pelos agentes durante abordagens estão sendo apurados rigorosamente. Os dois homens e uma mulher envolvidos diretamente na ação foram afastados preventivamente das atividades operacionais até conclusão das investigações.
Contexto legal recente
A ocorrência aconteceu poucas horas após publicação pelo governo federal de decreto regulamentando o uso progressivo da força nas operações policiais federais – estabelecendo que “o emprego da arma de fogo será medida extrema”.
Caso semelhante ocorrido em 2023
Em setembro do ano passado houve outro episódio envolvendo policiais rodoviários federais no Rio Janeiro que resultou na morte trágica da menina Heloísa dos Santos Silva, então com 3 anos. A criança morreu após disparos contra o veículo conduzido pelo pai dela durante abordagem policial no Arco Metropolitano próximo à Seropédica.Segundo denúncia apresentada pelo MPF à Justiça Federal naquele caso específico: willian Souza tentou parar seu carro ao perceber viatura atrás dele; mesmo assim os policiais efetuaram tiros contra o automóvel ainda em movimento.
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