Pesquisa da Serasa aponta que despesas imprevistas e contas básicas atrasadas são as principais causas do endividamento na região Norte. O levantamento, realizado em parceria com o Instituto Opinion Box entre 9 e 24 de setembro de 2025, ouviu 11.375 pessoas em todo o Brasil, com margem de erro de 0,9 ponto percentual. Segundo os dados, emergências financeiras lideram como motivo para dívidas na região Norte, seguidas por empréstimo do nome para terceiros e desemprego.Endividamento no Norte: gastos inesperados dominam
De acordo com a pesquisa da Serasa, 20% dos entrevistados no Norte indicaram que despesas imprevistas foram a principal causa do endividamento. Em seguida aparecem o empréstimo do nome para terceiros (17%) e o desemprego (15%). Patrícia Camillo, especialista em educação financeira da serasa, destaca que “a queda no desemprego traz esperança e novas oportunidades”, mas alerta para a necessidade de transformar essa renda em estabilidade financeira após um período difícil marcado pela perda do poder aquisitivo.Camillo também ressalta que o endividamento está ligado não apenas a fatores econômicos e sociais como também à falta de educação financeira entre os consumidores.Pressão das contas básicas sobre as finanças familiares
O estudo revela ainda que o aumento nos valores das contas essenciais, como luz, água e gás, continua pressionando os orçamentos domésticos na região Norte. cerca de uma em cada dez pessoas afirma não conseguir pagar essas despesas básicas.
Para 68% dos entrevistados nessa área geográfica esses custos chegam a cerca de R$ 750 mensais – valor suficiente para colocar serviços essenciais sob risco de interrupção. Além disso, 63% dos endividados reduziram seu consumo devido ao aumento dessas contas; desse grupo, 42% cortaram até 10% dos gastos totais enquanto outros 21% diminuíram entre 11% e 20%.
Cartão de crédito: ferramenta útil que pode comprometer orçamento
O levantamento mostra que o cartão de crédito é um recurso importante para parcelar compras necessárias no dia a dia. No entanto, seu uso descontrolado pode se tornar prejudicial às finanças pessoais.
Na região Norte especificamente:
- 50% têm dívidas relacionadas a compras em supermercados
- 40% utilizam cartão para adquirir roupas, calçados ou eletrodomésticos
Essas despesas acumuladas podem comprometer significativamente a renda mensal familiar quando não gerenciadas adequadamente.
Dívidas antigas e reincidência preocupam especialistas
Outro dado relevante é que quase metade (46%) das dívidas brasileiras possuem mais de um ano sem pagamento. Os setores com débitos mais antigos incluem securitizadoras financeiras, empresas telecomunicações e varejo – cujas pendências frequentemente ultrapassam dois anos.
Além disso:
- 53% dos brasileiros endividados já passaram por situação semelhante anteriormente, indicando reincidência apesar da leve redução recente nesse índice.
- Atualmente há cerca de 79 milhões pessoas com débitos atrasados no país somando mais de 313 milhões desses registros – maior volume desde 2020.
Patrícia Camillo reforça: “Entender as causas do endividamento é fundamental para buscar alternativas eficazes na negociação das dívidas”. Nesse contexto ganha destaque o Feirão Serasa Limpa Nome – maior mutirão nacional voltado à renegociação -, onde mais de 141 milhões consumidores podem negociar seus débitos com descontos especiais visando retomar controle financeiro já no início deste ano.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Opinion Box via entrevistas online durante setembro/2025 abrangendo todas as regiões brasileiras. A margem máxima estimada é inferior a um ponto percentual garantindo confiabilidade aos resultados apresentados pela Serasa.
conclusão
Os dados evidenciam desafios financeiros significativos enfrentados pelas famílias na região Norte devido principalmente às despesas inesperadas aliadas ao aumento nas contas básicas mensais.Para evitar agravamento dessa situação é essencial investir em educação financeira localmente além aproveitar oportunidades como feirões públicos destinados à renegociação responsável das dívidas existentes.
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