Cinco pessoas foram resgatadas na sexta-feira (2) na Amazônia boliviana após sobreviverem à queda de um avião de pequeno porte. O grupo, formado por três mulheres, uma criança e o piloto, permaneceu por cerca de 36 horas sobre a fuselagem invertida da aeronave em um pântano repleto de jacarés e sucuris até ser localizado por pescadores no departamento de Beni, região nordeste da Bolívia.Todos os ocupantes foram encontrados ilesos.
Resgate e sobrevivência na Amazônia boliviana
O acidente ocorreu durante um voo entre as cidades de Baures e Trinidad, ambas situadas no departamento de Beni.Essa área é conhecida pela densa vegetação e difícil acesso terrestre. A distância entre as duas localidades é aproximadamente 180 quilômetros. O desaparecimento do avião foi registrado na quarta-feira (30), quando as autoridades iniciaram buscas imediatas.
Pouso forçado em ambiente hostil
Segundo o piloto Andrés Velarde, 29 anos, a aeronave começou a perder altitude inesperadamente durante o trajeto. Para evitar uma colisão com as montanhas próximas, ele optou por realizar um pouso emergencial em uma área pantanosa próxima a uma lagoa.
Velarde relatou que ficaram cercados por jacarés que se aproximavam até três metros do local onde estavam abrigados sobre o avião virado. Além disso, avistaram uma sucuri nas proximidades do pântano. Durante quase 36 horas sem conseguir dormir adequadamente, os sobreviventes enfrentaram condições extremas para manter-se vivos.
Alimentação limitada e riscos constantes
Durante esse período crítico no pântano amazônico, os cinco só consumiram farinha de mandioca trazida por uma das passageiras antes da queda do avião. A água não foi ingerida devido ao risco dos predadores aquáticos presentes no local – principalmente os jacarés – que impediam qualquer deslocamento seguro para buscar recursos naturais ou ajuda externa.
Causas ainda sob investigação
Até o momento não há informações oficiais sobre as causas que levaram à perda da altitude da aeronave nem ao acidente subsequente. Em regiões como Beni é comum utilizar pequenos aviões como táxis aéreos para facilitar deslocamentos internos devido às dificuldades logísticas causadas pela falta ou precariedade das estradas locais.
A resistência demonstrada pelos ocupantes diante das adversidades ambientais chamou atenção nacionalmente pelo esforço físico e psicológico necessário para sobreviver até serem encontrados pelos pescadores locais.
Conclusão
Este caso reforça a importância dos serviços aeroviários em áreas remotas como parte essencial da mobilidade regional na Amazônia boliviana e destaca também os desafios enfrentados pelas equipes responsáveis pelo resgate em ambientes naturais perigosos.
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