O presidente Luiz Inácio Lula da silva visitou no domingo, 2 de novembro, a Aldeia Vista Alegre do Capixauã, localizada na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no Pará. Durante a visita, que integra a agenda da 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), Lula participou de uma roda de conversa com caciques do povo Kumaruara. A ação reforça o compromisso do governo em aproximar líderes mundiais da realidade amazônica e dos povos indígenas que vivem na região.
Visita à Aldeia Vista Alegre e diálogo com os povos Kumaruara
Desde que Belém foi escolhida como sede da COP30, o presidente Lula tem destacado a importância de realizar eventos em um estado amazônico para que os líderes globais conheçam diretamente o durante-o-mes-de-abril/” title=”Inpe revela crescimento de 55% no desmatamento da Amazônia … o mês de abril”>bioma e as comunidades locais. Acompanhado das ministras Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Lula realizou uma reunião informal com caciques Kumaruara na aldeia acessada por meio de barcos.
Durante o encontro, Lula ressaltou a necessidade de observar pessoalmente as condições das crianças indígenas em relação à educação, alimentação e produção local. “Sempre acho que a gente tem que ver com os próprios olhos e pegar na mão das pessoas para sentir como é que as crianças estudam”, afirmou.
Poder feminino na liderança indígena
A reserva Tapajós-Arapiuns foi criada em 6 de novembro de 1998 como a primeira reserva extrativista no Pará. Com cerca de 690 mil hectares entre Santarém e Aveiro, abriga aproximadamente três mil habitantes distribuídos em dez aldeias Kumaruara. Na Aldeia Vista Alegre vivem 27 famílias sob liderança feminina: Irenilce Kumaruara é cacique aos 43 anos e coordena junto com outras quatro mulheres uma gestão sustentável local por meio da pousada comunitária.
A região conta ainda com internet via satélite e energia elétrica gerada por placas solares em parte das estruturas.
Compromissos assumidos pelo governo federal
Durante sua visita à aldeia, Lula ouviu demandas dos indígenas relacionadas principalmente à saúde pública. O presidente se comprometeu a ampliar serviços como construção de um centro médico equipado além do acesso facilitado a profissionais especializados, ambulância e transporte adequado.Ele destacou o programa “Agora Tem Especialistas” para agilizar atendimentos nas comunidades.
Educação indígena ampliada
na área educacional foram anunciadas ações para construção e ampliação das escolas conforme padrão MEC após levantamento conjunto entre Ministério da Educação e Funai. Além disso, está prevista criação de uma universidade indígena sediada em Brasília com cursos principais centralizados lá enquanto estados oferecerão extensões próximas às residências dos jovens indígenas.
Segurança energética habitacional
Lula também garantiu esforços para ampliar fornecimento energético por meio dos programas Luz para Todos junto ao Minha Casa minha Vida voltado à moradia digna nas comunidades tradicionais. O presidente enfatizou orgulho pela demarcação recorde realizada pelo atual governo apesar dos anos anteriores marcados pelo esquecimento dessas populações.
Articulação governamental pela preservação territorial
A ministra Sonia Guajajara reafirmou o compromisso do governo brasileiro em acompanhar atentamente todas as reivindicações indígenas encaminhando demandas internamente ou articulando ações interministeriais sempre visando atender ao máximo possível dentro das possibilidades governamentais.
Já Joenia Wapichana,presidenta da Funai destacou o papel fundamental dos territórios indígenas não só na proteção ambiental mas também no fortalecimento cultural ancestral desses povos: “Temos feito ações para fortalecer autonomia sustentável aliadas à proteção territorial”.
Por fim, Marina Silva ressaltou que a Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns está totalmente regularizada graças ao trabalho conjunto entre Governo Federal, indígenas locais e extrativistas; ela apresentou dados positivos sobre redução significativa do desmatamento tanto geral quanto nas unidades protegidas durante este mandato presidencial – resultado considerado fruto direto desse esforço integrado.
Conclusão
A visita presidencial reforça compromissos importantes relacionados aos direitos sociais básicos – saúde adequada, educação qualificada – além da valorização cultural indígena aliada à sustentabilidade ambiental essencial para preservar um bioma vital não só regionalmente mas globalmente. Essas iniciativas demonstram avanços concretos rumo ao desenvolvimento equilibrado respeitando tradições ancestrais.
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