Os rios que cortam o estado do amazonas estão próximos de atingir níveis históricos devido à seca intensa que afeta a região, conforme dados recentes da Defesa Civil do Amazonas. Municípios amazonenses impactados pela estiagem receberão R$ 10,7 milhões do Governo Federal para enfrentar os efeitos da crise hídrica. O fenômeno el niño tem agravado a situação ao dificultar a formação de chuvas, reduzindo ainda mais o volume dos rios Negro, solimões, Amazonas, Purus e madeira.
Situação dos principais rios no Amazonas
A seca prolongada tem levado os principais rios do estado a níveis críticos. A capital Manaus registrou uma cota de 12,91 metros no Rio negro em 2 de outubro deste ano, ficando apenas 21 centímetros acima da marca histórica mais baixa registrada em 2023 (12,70 metros). No mesmo período do ano passado, o nível era significativamente maior: 15,29 metros.
Rio Negro em Barcelos
No município de Barcelos também há preocupação com um novo recorde negativo. O nível atual está em 2,49 metros e se aproxima perigosamente da mínima histórica registrada em 1990 (0,58 centímetros), com uma diferença de apenas 1,91 metro. em outubro de 2023 o rio marcava ligeiramente mais alto: 2,53 metros.
Níveis críticos no Solimões e Amazonas
O médio Solimões apresenta situação semelhante à do Rio Negro.Em Maraã foi registrada uma cota mínima histórica recente de 4,53 metros, valor considerado o menor já medido até hoje na região.Nos últimos sete dias houve um vazante médio diário de três centímetros; há um ano esse nível era bem superior: 6,32 metros.
Alto Solimões e Manacapuru
Em Atalaia do Norte as águas atingiram apenas 5,98 metros, ficando a cerca de dois metros abaixo da marca recorde mínima estabelecida em 1986 (3,65 m). Já Manacapuru enfrenta queda contínua nos níveis desde início deste mês; após registrar uma cota mínima recente com 2,82 metros no dia primeiro outubro caiu para 2,64 metros dois dias depois – quase metade dos valores registrados há um ano (5 ,54 m).
Parintins registra níveis preocupantes
na calha amazônica próxima ao município Parintins foi anotado -2 ,05metros na última medição – pouco acima da pior marca já vista (-2 ,17m) no ano anterior – mostrando quão crítica é a situação local.
Condições nos rios Purus e Madeira
No Purus destaca-se Boca do Acre onde o nível atual é próximo ao recorde mínimo histórico registrado em1998(3 ,49m), estando agora com 3 ,73metros, diferença pequena diante das condições atuais. Lábrea mantém seu rio acima das mínimas históricas mas ainda sofre impactos severos com cotas baixas próximas aos valores mínimos registrados desde1937(0 ,45cm).
Variações na calha do Madeira
Diferentemente dos demais cursos d’água amazonenses,o rio Madeira apresenta variações regionais importantes.Em Humaitá,o nível subiu levemente passandode8 ,07metrosem25desetembropara8 ,25metrosrecentemente.Apesar disso,a média mensal indica vazante diária constante,de aproximadamente dois centímetros.Nova Olinda-do-Norte segue enfrentando forte queda,diantevazamento médio diário expressivo,de39centímetros,ecomnívelatualde5 ,34metros.JáManicorémostra recuperação parcial,nivelando-seem10 ,61metros,ainda distante porémda cota mínima histórica registradaem1969(5 ,42m).
A seca severa que atinge os principais rios amazonenses preocupa autoridades locais e federais devido aos impactos socioeconômicos esperados para as populações ribeirinhas e urbanas dependentes desses recursos hídricos essenciais. A liberação emergencial dos recursos federais visa mitigar esses efeitos enquanto medidas preventivas são avaliadas para futuras crises climáticas.
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