Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e pela QuestionPro, entre 24 de junho e 8 de julho, entrevistou 1.491 adultos em todo o Brasil para avaliar a opinião sobre o uso de celulares nas escolas. O levantamento revelou que 80% dos adultos são favoráveis à proibição do uso desses aparelhos em ambiente escolar, com apoio ainda maior entre os pais (82%) e também significativo entre quem não tem filhos (72%). A pesquisa destaca ainda que essa percepção é consistente em todas as faixas etárias, atingindo 87% entre pessoas com mais de 61 anos. O Ministério da Educação está elaborando um projeto de lei para regulamentar essa proibição, tema que também está sendo discutido na Comissão de Educação da Câmara dos deputados.
Apoio à proibição do celular nas escolas
A rejeição ao uso do celular dentro das salas de aula é uma opinião transversal na sociedade brasileira. Segundo Gabrielle Selani, gerente de pesquisa quantitativa do Instituto Locomotiva, não há divergência significativa quanto ao tema, pois a concordância se mantém independente do gênero ou faixa etária dos entrevistados.
Idade ideal para o primeiro celular
O estudo aponta que 69% dos participantes acreditam que a idade adequada para uma criança receber seu primeiro celular é a partir dos 13 anos. No entanto, existe uma percepção clara de que os jovens desejam ter acesso ao aparelho antes dessa idade – índice apontado por 86% dos entrevistados.
Impactos no comportamento infantil
Além da questão da proibição nas escolas, o levantamento mostra preocupação com os efeitos negativos associados ao uso precoce e excessivo do celular na infância. Entre eles estão vício em tecnologia, aumento da ansiedade e depressão, problemas no sono e queda no desempenho escolar.Também foram citadas dificuldades nas relações sociais e exposição ao cyberbullying como consequências frequentes desse hábito.
Mudanças nos hábitos infantis
Outro dado relevante indica que 90% das pessoas concordam que as crianças atualmente preferem usar celulares ou assistir TV a brincar na rua. Essa mudança nos comportamentos tradicionais reforça o debate sobre os limites necessários para garantir um desenvolvimento saudável das crianças.
Monitoramento além das escolas
Gabrielle Selani ressalta ainda a importância não apenas da restrição dentro das instituições escolares mas também do acompanhamento cuidadoso sobre o tempo dedicado às telas fora delas: “É preciso monitorar tanto o tempo quanto o conteúdo consumido pelas crianças”, afirma.
Metodologia da pesquisa
Foram realizadas entrevistas presenciais abrangendo diferentes regiões geográficas e perfis socioeconômicos brasileiros. A margem de erro é estimada em 2,5 pontos percentuais com nível de confiança de 95%, garantindo representatividade aos resultados apresentados.
Para Gabrielle Selani, esta pesquisa pode ser basic para orientar políticas públicas inclusivas relacionadas à regulação do uso tecnológico por crianças e adolescentes: “Ouvir toda a sociedade é essencial porque esse assunto impacta diretamente todos nós”.
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