segunda-feira, outubro 27, 2025
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Notícias do Amazonas – A luta por melhores condições contra a jornada 6×1

A jornada de trabalho no modelo 6×1 tem gerado preocupação entre trabalhadores de diversos setores, como comércio, serviços e saúde, devido aos impactos negativos na saúde física e mental e na qualidade de vida.Esse regime consiste em trabalhar seis dias consecutivos com apenas um dia de folga semanal, o que tem motivado debates sobre a necessidade de sua revisão ou extinção. No Amazonas, a discussão ganha força diante das reivindicações por condições mais justas.

O funcionamento da escala 6×1

A escala 6×1 é caracterizada pela realização da jornada semanal máxima permitida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que é de 44 horas. Normalmente, o trabalhador cumpre turnos diários de oito horas durante seis dias seguidos e descansa por um dia completo na semana. Por exemplo: trabalha-se de segunda-feira a sábado e folga-se no domingo.

Esse modelo é bastante utilizado em atividades que exigem funcionamento contínuo, como supermercados, hospitais e indústrias. Apesar disso ser vantajoso para manter operações ininterruptas, muitos trabalhadores relatam prejuízos à saúde física e mental causados pelo ritmo intenso dessa rotina.

Principais críticas ao regime 6×1

Diversos pontos têm sido levantados contra essa forma de organização do trabalho:

Impactos na saúde mental e física

Trabalhar seis dias seguidos sem descanso adequado pode provocar exaustão extrema, estresse elevado e transtornos psicológicos. A ausência prolongada para lazer ou convívio familiar agrava esses efeitos negativos.

Descanso semanal inadequado

Embora a legislação assegure descanso remunerado preferencialmente aos domingos, no sistema 6×1 esse período muitas vezes ocorre em dias menos favoráveis para o trabalhador – durante a semana – prejudicando sua vida social.

Excesso contínuo da jornada

Mesmo respeitando as 44 horas semanais previstas pela CLT, o fato do trabalho ser distribuído em seis dias consecutivos gera cansaço acumulado sem tempo suficiente para recuperação plena do corpo e da mente.

Demandas por mudanças nas condições

Sindicatos têm pressionado pela substituição desse modelo por escalas mais equilibradas como a 5×2 (cinco dias trabalhados seguidos por dois dias consecutivos livres), garantindo maior qualidade de vida ao trabalhador.

Propostas para modificar a escala atual

Para melhorar as condições dos profissionais submetidos à escala 6×1 estão sendo discutidas algumas alternativas:

Redução da carga horária semanal

sugere-se ajustar as horas trabalhadas para evitar sobrecarga nos períodos ativos da semana permitindo uma folga mais significativa ao empregado.

alteração nos dias destinados à folga

Outra proposta visa aumentar o número total das folgas semanais ou garantir que elas ocorram preferencialmente aos domingos ou outros momentos adequados às necessidades sociais dos trabalhadores.

Escalas flexíveis com jornadas reduzidas

Empresas poderiam adotar modelos alternativos com menos horas diárias ou mais intervalos entre os turnos laborais visando equilíbrio entre trabalho e vida pessoal dos funcionários.

Perspectivas futuras sobre o fim da escala 6×1

Apesar das pressões crescentes vindas principalmente dos sindicatos em defesa dos direitos trabalhistas no Amazonas e demais regiões brasileiras, ainda há resistência empresarial devido à necessidade operacional contínua desses setores econômicos. O debate permanece aberto enquanto não houver alterações significativas na legislação vigente. A luta segue focada em garantir jornadas justas que respeitem os tempos mínimos necessários ao descanso físico e emocional dos trabalhadores.

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