quarta-feira, outubro 22, 2025
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Notícias do Amazonas – Desmatamento na Amazônia registra queda de 30,6% em um ano

O desmatamento na Amazônia Legal entre agosto de 2023 e julho de 2024 totalizou 6.288 quilômetros quadrados, representando uma redução de 30,6% em relação ao período anterior, conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).Esse resultado é o menor percentual registrado nos últimos 15 anos e reflete avanços importantes no combate à supressão florestal na região.

Redução histórica do desmatamento na Amazônia Legal

Os números são provenientes do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), sistema mantido pelo Inpe que realiza a apuração anual da perda florestal nos nove estados que compõem a Amazônia Legal. O monitoramento considera o intervalo entre agosto de um ano até julho do seguinte, período correspondente às estações mais secas da floresta, garantindo maior precisão nas detecções por satélite – com resolução aproximada de 10 metros para corte raso e degradação progressiva causada por incêndios.

segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), essa queda representa o menor índice percentual dos últimos quinze anos. Em termos absolutos, a área desmatada foi a menor desde 2015, quando foram registrados cerca de 6.207 km².

Destaques estaduais no combate ao desmatamento

Entre os estados da região amazônica, Rondônia apresentou a maior redução proporcional no desmatamento: uma queda expressiva de 62,5%.Mato Grosso também registrou diminuição significativa com 45,1% menos área devastada.Pará (-28,4%) e Amazonas (-29%) seguiram essa tendência positiva. Por outro lado, Roraima teve aumento no índice em torno de 53%, indicando desafios locais para conter as perdas florestais.

Além disso, dos setenta municípios prioritários para ações contra o desmatamento na Amazônia Legal acompanhados pelo MMA, 78% apresentaram redução nas taxas desse crime ambiental; entretanto 23% tiveram aumento, mostrando que ainda há áreas críticas que demandam atenção reforçada.

Impactos ambientais e posicionamentos oficiais

A diminuição da derrubada das árvores contribuiu para evitar a emissão estimada em 359 milhões de toneladas de dióxido carbono (CO2) – principal gás responsável pelo aquecimento global – segundo informações governamentais recentes.

Em pronunciamento oficial feito no Palácio do Planalto sobre os resultados obtidos neste ciclo anual do Prodes , Marina Silva , ministra do Meio Ambiente e mudança Climática , ressaltou que “conseguimos resultados importantes” tanto no último ano quanto neste atual período analisado . Ela destacou ainda que nos dois últimos anos houve uma redução acumulada próxima a 45%, reforçando o compromisso brasileiro com políticas ambientais eficazes .

A ministra também relacionou esses avanços à urgência mundial diante das mudanças climáticas extremas observadas recentemente em várias regiões globais como geadas severas na África , enchentes intensas na Espanha e ondas prolongadas calorosas pela europa .

Reação da sociedade civil

Organizações ambientais celebraram os números positivos mas alertaram para necessidade contínua aprimoramentos . Mariana Napolitano ,diretora estratégica WWF-Brasil ,afirmou ser “uma boa notícia” porém insuficiente frente aos desafios climáticos atuais . Ela lembrou tragédias recentes ocorridas em território nacional durante este ano como eventos extremos no Rio Grande do Sul e queimadas históricas no Pantanal . Para evitar cenários piores futuros é basic manter ou acelerar essa trajetória descendente .

Situação atualizada no Cerrado

No bioma Cerrado , também monitorado pelo Sistema Prodes entre agosto passado até julho deste ano , houve registro oficial totalizando 8.174 km² devastados – número que indica queda pela primeira vez após quatro anos consecutivos aumentando .

Quase três quartos (76%) dessa área concentraram-se nos estados Maranhão , Tocantins , Piauí e Bahia – conhecidos coletivamente como Matopiba -, principal fronteira agropecuária desse bioma atualmente . Nesses locais foram observadas reduções significativas comparando-se períodos consecutivos : Bahia lidera com recuo expressivo superior a 63%, seguida por Maranhão (15%), Piauí (10%)e Tocantins (9,%) .


Esses dados indicam avanços relevantes tanto na preservação da floresta amazônica quanto nas áreas abertas ao agronegócio sustentável dentro dos limites legais brasileiros. Contudo permanece essencial ampliar esforços regionais específicos onde aumentos pontuais ainda ocorrem.

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