O projeto Viveiro Acrobático, idealizado pela Cia Circo Caboclo, leva acrobacia, dança, música e teatro para escolas e espaços públicos do Norte do Brasil até 2026. Fundada pelo artista e produtor cultural Jean Winder, a companhia busca democratizar o acesso à arte circense em municípios de cinco estados da região. Com oficinas e apresentações gratuitas, o projeto promove o desenvolvimento artístico e social das comunidades atendidas.
Circulação do Viveiro Acrobático no Norte do Brasil
O Viveiro acrobático percorre municípios dos estados do amazonas (Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaus e Presidente Figueiredo), Acre (Rio Branco), Pará (Belém e Santarém), Roraima (Boa Vista) e Tocantins (Palmas). As cidades amazonenses foram as primeiras a receber as atividades que incluem oficinas de bambolês – manipulação de objetos – acrobacias de solo, tecido acrobático e a apresentação do espetáculo homônimo.
Oficinas oferecidas
As oficinas são focadas no ensino prático das técnicas circenses tradicionais com uma abordagem contemporânea.elas estimulam habilidades físicas como equilíbrio e coordenação motora além de promoverem o desenvolvimento emocional por meio da expressão artística.
O espetáculo: um ato poético-político
O artista plástico Roberto Suárez Rengifo define o espetáculo como “mais que uma performance circense: trata-se de um ato poético-político em que corpo,memória e território amazônico se entrelaçam”.A proposta é repensar o circo no contexto brasileiro atual valorizando suas raízes regionais.
Desde 2017 a Cia Circo Caboclo desenvolve ações formativas ligadas ao circo contemporâneo com foco na formação de público qualificado para essa linguagem artística. Segundo Jean Winder – formado pela Escola Nacional de Circo do Rio de Janeiro – “nossa missão é aproximar o público desse universo”.
equipe técnica distribuída pelo Norte
A coordenação geral está sob responsabilidade direta de Jean Winder que também atua nas apresentações junto às artistas Paloma Blandina e Laísa Silva. A equipe técnica conta com profissionais dedicados à produção local nos diferentes estados:
- Fernanda Bezerra – assistência de produção
- Leandro Alho – designer
- Cícero Benedito – audiovisual
- Amanda Magaiver – produção
- Marcela Pultrini – produtora local em Tocantins
- Klaryson Willyams – produtor local em Santarém
- Rosangela Bandeira – produtora local em Boa Vista
- Sarah Jayne – produtora local em Rio Branco
- Yure Lee – produtor local em Belém
Primeiras apresentações e impacto social
A estreia ocorreu no dia 10 setembro no Centro Educação Tempo Integral Prefeito Washington Luís Régis da Silva em Manacapuru (AM). O projeto foi contemplado pelo Edital n° 03/2024 com recursos federais via Ministério da Cultura executados pela Secretaria Estadual Cultura economia Criativa do Amazonas.
Até outubro de 2025 as atividades aconteceram nas escolas públicas amazonenses envolvendo toda comunidade escolar. Nos demais estados as apresentações seguem até 2026 gratuitamente em teatros públicos ou praças abertas ao público geral.
Jean Winder destaca a receptividade positiva especialmente entre crianças: “o circo tem um poder sinestésico muito forte nessa faixa etária; muitas delas nunca tinham tido contato direto com essa arte”. Ele reforça que quem ainda não participou pode esperar muita beleza aliada à virtuosismo técnico aliado à poesia cênica.
Acompanhe as atualizações da matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do Amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!