quinta-feira, outubro 16, 2025
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Justiça determina que loja pague R$ 5 mil a adolescente impedido de entrar

A Justiça do Distrito Federal condenou uma⁣ loja⁣ de ‌roupas a pagar ⁣indenização de⁣ R$ 5 mil a um adolescente de 14 ⁣anos que foi impedido‍ de entrar no estabelecimento por ‌uma⁣ funcionária. O caso ocorreu em um ⁣shopping center da⁤ capital federal e teve decisão mantida pela 7ª Turma Cível do ⁢Tribunal de Justiça do ​Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A corte⁣ entendeu que ⁣o‍ jovem foi⁣ submetido a‍ uma‍ situação vexatória, violando seu‌ direito de⁣ acesso ao comércio.

Condenação por⁤ ato vexatório ‍contra adolescente

No processo,ficou registrado que ​a vendedora da loja barrou o⁢ menino com a justificativa: “como ‍ele não iria comprar nada não era pra entrar”. Os responsáveis pelo estabelecimento alegaram que a funcionária agiu para preservar a ‍segurança local, sem intenção discriminatória. no entanto,essa ⁢defesa não convenceu os magistrados.

Decisão ‍inicial da 4ª ‍Vara Cível ​de Taguatinga

Antes do recurso ao⁢ TJDFT, a 4ª⁢ Vara Cível já ‍havia reconhecido o ato ilícito ⁣praticado pela loja e fixado indenização⁤ por danos morais ⁣no valor de R$ ⁤5 mil. ‌A juíza responsável destacou que o adolescente, ‌estando desacompanhado, ​não poderia ser proibido de frequentar o ⁢comércio ‍ou receber‌ informações sobre os produtos à venda, apenas porque supostamente não teria condições financeiras‍ para realizar compras.

Recurso e análise da turma cível

O estabelecimento recorreu pedindo improcedência da ação ou redução do valor estipulado na ‌indenização. Contudo, ao analisar as provas apresentadas, os desembargadores confirmaram que houve exposição vexatória em ambiente público aberto ⁣ao trânsito livre das ‌pessoas.

direito à informação e acesso ‌negados

Segundo o tribunal,impedir um ⁤consumidor potencial – ​mesmo menor – de ⁢acessar‍ informações sobre ⁢produtos ultrapassa mero aborrecimento cotidiano. Essa conduta configura violação aos direitos básicos do‍ consumidor e justifica reparação financeira‌ pelos danos⁤ morais ⁤sofridos.

Impacto social e ⁢jurídico da decisão

A⁣ sentença reforça entendimento ⁢jurisprudencial sobre discriminação velada em estabelecimentos comerciais contra‍ clientes considerados “não compradores”. Além disso, destaca-se a importância do ‌respeito à dignidade humana‍ independentemente da idade ou condição econômica aparente.

Precedentes semelhantes no Judiciário

Casos como este demonstram crescente⁢ atenção dos tribunais⁤ para práticas abusivas dentro do comércio varejista. A condenação serve como‍ alerta ‌para empresas evitarem atitudes preconceituosas sob qualquer pretexto relacionado à segurança⁢ ou perfil dos consumidores.


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