A pesquisa “O que pensam os jovens brasileiros”,realizada entre 16 e 23 de setembro de 2024 pelo Centro Estudos Sociedade,Universidade e Ciência (Sou_Ciência) da Unifesp em parceria com o Instituto IDEIA,apontou que a violência e a falta de segurança continuam sendo uma das principais preocupações dos jovens brasileiros entre 18 e 27 anos. Com base em entrevistas feitas por telefone celular com 1.034 participantes de todas as regiões do país, o levantamento revelou que esse tema ocupa o segundo lugar nas prioridades, citado por 30% dos entrevistados, embora tenha apresentado queda em relação a 2021, quando alcançava 35%.
Violência e insegurança: um problema persistente para os jovens
Apesar da redução no percentual desde a última pesquisa, a violência ainda é vista como um desafio significativo para muitos jovens.O estudo destaca que essa preocupação é mais intensa entre determinados grupos sociais:
Grupos mais afetados pela violência
- Mulheres (33%)
- Jovens da classe DE (30%)
- Moradores do Nordeste (33%)
- Católicos (34%)
- Ateus ou sem religião (31%)
- Pessoas brancas (36%)
- Trabalhadores autônomos/MEI/PJ (36%)
- indivíduos que se identificam como de esquerda ou centro-esquerda no espectro político (32%)
menor percepção do problema
Por outro lado, alguns segmentos demonstraram menor preocupação com violência e falta de segurança:
- Homens (26%)
- Jovens residentes na região Norte do Brasil (22%)
- Pessoas com escolaridade até a quarta série do ensino fundamental (12%)
- Indivíduos posicionados politicamente no centro ideológico (19%)
Mudanças nas prioridades dos jovens brasileiros
Além da análise sobre violência, o levantamento também mostrou uma mudança significativa na percepção das principais dificuldades enfrentadas pelos jovens. Em comparação ao ano anterior:
Queda na preocupação com fome e pobreza
Em 2021, fome e pobreza lideravam as respostas como maior problema nacional para os entrevistados – citadas por 66% deles. Já em 2024 esse índice caiu drasticamente para apenas 18%, fazendo com que essa questão passasse à oitava posição no ranking das preocupações.
Essa alteração reflete mudanças econômicas recentes no país relacionadas à melhora do cenário econômico geral,políticas públicas voltadas à complementação de renda e redução do desemprego.
Perfil geral da pesquisa
A amostra foi cuidadosamente ajustada conforme dados atualizados pelo IBGE para garantir representatividade realista da juventude brasileira. A margem de erro é estimada em três pontos percentuais dentro de um intervalo confiável de confiança estatística superior a 95%. O questionário aplicado continha cinquenta e cinco perguntas abordando aspectos pessoais, educacionais, profissionais além das perspectivas futuras dos participantes.
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