O ator manauara Adanilo participou do programa ‘É de Casa’, da TV Globo, no sábado (4), onde preparou um café da manhã típico de Manaus. Ele apresentou uma tapioca caboquinha, feita com ingredientes tradicionais como banana-da-terra, queijo coalho, tucumã e castanha-do-pará – ou castanha-da-Amazônia, como discutido durante a atração. Além disso, Adanilo compartilhou outras iguarias regionais e falou sobre as diferenças culturais na forma de consumir o açaí entre Amazonas e Pará.
A tapioca caboquinha e os ingredientes amazônicos
Durante o programa ‘É De Casa’, Adanilo explicou que a tapioca caboquinha é uma mistura de goma de tapioca com castanha-da-Amazônia para dar um sabor especial. Ao mencionar a castanha, ele usou o termo “castanha-da-Amazônia”, o que gerou uma breve troca com a apresentadora Talitha Morete. Ela lembrou que esse fruto também é conhecido por outro nome regional.
Adanilo ressaltou que essa castanha é típica do Pará e da Amazônia interior: “É a castanha da Amazônia, do Pará, do Brasil. Chama de um monte de nome”, afirmou. para descontrair o ambiente no estúdio, as jornalistas Rita Batista e Maria Beltrão deram risadas após essa conversa.
Além da receita principal, o ator mostrou outros sabores característicos da região Norte como pupunha, pé-de-moleque caseiro feito com castanhas locais, suco de cupuaçu e açaí.
Diferenças no consumo do açaí entre Amazonas e Pará
Adanilo explicou as variações na forma tradicional de comer o fruto em sua terra natal comparada ao Pará: “No Amazonas – especialmente em Manaus – consumimos mais doce com açúcar e amazonas-r-833-mil-em-credito-rural-sao-entregues-a-produtores-locais/” title=”Notícias do … – R$ 833 mil em cr…dito rural são entregues a produtores locais”>farinha de tapioca. Já no Pará e outras regiões é comum comer acompanhado por peixe”. Ele ainda comentou gostar das duas formas.
Atuação na TV Globo valorizando cultura nortista
atualmente no ar na novela “Volta por Cima”, também exibida pela TV Globo, Adanilo interpreta sidney – motorista de ônibus amigo próximo do protagonista Jão (vivido por Fabrício Boliveira).O ator incorporou elementos culturais típicos dos estados nortistas à sua personagem usando expressões regionais como “égua” e “mano”.
Castanha-do-Pará x Castanha-da-Amazônia: origem dos nomes
De acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023 o estado do Amazonas foi líder nacional na produção da castanha-do-Brasil, totalizando 11.291 toneladas colhidas naquele ano.
O Acre ficou em segundo lugar produzindo 9.473 toneladas; já o Pará ocupou terceiro lugar com 9.390 toneladas produzidas naquele período. Esses três estados concentram cerca de 80% da produção nacional desse fruto amazônico tão valorizado.
Explicação sobre os termos usados para designar a castanha
Márcio da Cunha presidente da Jutica – empresa especializada em produtos amazônicos incluindo a castanha – esclareceu ao Portal Amazônia que:
- O termo castanha-do-Pará surgiu há aproximadamente cinquenta anos para identificar esse produto porque foi pelo estado do Pará que ela começou ser exportada para outras regiões brasileiras.
- A logística envolvia transportar toda produção vinda principalmente das regiões próximas à Manaus ou Acre até Belém (Pará) antes seguir para demais partes país.
- Posteriormente quando passou-se exportar internacionalmente adotou-se também denominação castanha-do-Brasil,destacando seu país origem.
Com os avanços nas produções locais nos estados amazônicos como Rondônia Roraima Amapá além dos já citados Amazonas Acre Paraná houve aumento significativo nas usinas próprias beneficiadoras desse fruto regional originando assim outra nomenclatura recente:
- A expressão castanha-da-Amazônia reflete essa nova fase marcada pela preservação ambiental aliada à descentralização industrial dentro dessa vasta região brasileira.
Márcio destaca ainda que praticamente todos os estados amazônicos hoje contam com suas próprias unidades industriais voltadas ao processamento dessa importante commodity local.
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